No mês passado, as exportações somaram US$ 19,241 bilhões (alta de 1,9%), e as importações US$ 13,260 bilhões (alta de 14,5%) em comparação a maio de 2017. Este é o terceiro melhor resultado para o mês, superado apenas por 2017 e 2016.
Na exportação, o resultado foi motivado pelos embarques de bovinos vivos, o petróleo em bruto, o farelo de soja, a soja em grão, minério de cobre e carne bovina. Os países que mais compraram produtos brasileiros foram China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Chile.
Na importação, os produtos adquiridos no exterior foram especialmente insumos, bens de capital e de consumo. Os principais países fornecedores foram China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Coreia do Sul.
A greve dos caminhoneiros impactou os embarques e compras do exterior. Enquanto a média diária das exportações nas primeiras semanas de maio ficou acima de R$ 1 bilhão, nas duas semanas em que houve a paralisação caiu para menos de R$ 700 milhões. Na terceira semana de maio (entre os dias 14 e 20), o valor exportado foi em média de R$ 1,047 bilhão. Na quarta semana (entre os dias 21 e 27), com o início da greve, o valor ficou em R$ 699 milhões (-33,23%) e, na quinta semana (28 a 31 de maio) ficou em R$ 642 milhões (- 38,68%).
As importações também foram afetadas pela paralisação. A média diária caiu de R$ 673 milhões na terceira semana, para R$ 550 milhões, na quarta (-18%), e R$ 459 milhões, na quinta (-31%). Na quarta semana de maio, o superávit foi de US$ 745 milhões e, na quinta semana, de US$ 548 milhões.
O superávit comercial dos primeiros cinco meses do ano soma US$ 26,155 bilhões, também o maior resultado da série para o período. A previsão do governo para 2018 é que o saldo da balança comercial alcance um saldo acima de US$ 50 bilhões.
Aparecido Rocha – especialista em seguros internacionais
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