Edutubers: conheça os professores que transformaram o youtube em uma sala de aula
Pesquisa aponta que nove em cada dez usuários brasileiros recorrem ao Youtube para aprender algo que ainda não sabem
Dar aulas em escolas tradicionais de ensino pode ser extremamente gratificante pelo contato pessoal e direto com os estudantes. Mas para se obter um impacto maior, é necessário recorrer a outros meios, como a internet. É nesse campo que estão inseridos os edutubers: professores que migraram suas aulas para um formato multimídia na internet e que conquistam jovens ao redor de todo país com conteúdo educacional de qualidade.
Os educadores criam uma comunidade em torno de si e passam a ministrar as suas próprias aulas com uma linguagem mais direta e voltada aos jovens. Disciplinas como matemática, física, química e biologia ganham uma nova roupagem, com animações e explicações voltadas a objetivos específicos, como a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O alcance se torna exponencial - milhões de telespectadores passam a acompanhar um conteúdo que antes era limitado a um pequeno grupo de alunos em uma instituição de ensino. Para ter acesso às informações, é preciso apenas um computador ou smartphone conectados à internet.
De acordo com a plataforma YouTube Insights, criada pela própria empresa para elencar os principais motivos pelos quais as pessoas acessam o Youtube, os frequentadores do site se interessam pelos vídeos por quatro motivos: conexão (interação com outras pessoas), conhecimento (aprender algo novo ou se atualizar), entretenimento (humor, diversão e inspiração) e identidade (ganhar autoconfiança a partir das histórias de outras pessoas).
Conforme dados da Pesquisa Video Viewers Google/Provokers, de agosto de 2018, realizada no Brasil, nove em cada dez usuários recorrem ao Youtube para aprender algo que ainda não sabem. Para tanto, acessam vídeos de “faça você mesmo”, videotutoriais, documentários, palestras, cursos em vídeo, entrevistas, webinars, listas e até desenho animado. As alternativas são variadas e contemplam todo tipo de público - dos mais tradicionais aos que preferem um conteúdo mais interativo e com uma nova linguagem.
“Hoje, no YouTube, são milhares e milhares de visualizações em conteúdos de aprendizado todos os dias. E muitos deles são alimentados por uma comunidade incrível de educadores, profissionais e especialistas com os quais dificilmente teríamos contato de outra maneira”, diz o Youtube Insights. O professor Paulo Jubilut, é uma das figuras que se tornou tarimbada no Youtube, com o maior canal de biologia do país (Biologia Total, com quase 2 milhões de inscritos). Hoje o educador possui uma equipe de 20 funcionários.
Por causa desse boom de canais sobre educação, a própria plataforma criou um canal exclusivo em parceria com a Fundação Leman. O número de canais selecionados para essa plataforma, chamada YouTube EDU, mais do que dobrou de 2017 para 2018, passando de 150 para 350. A empresa faz uma curadoria de vídeos sobre os mais diversos assuntos: português, história, geografia, inglês, matemática, física, química, biologia, entre outros conteúdos especiais sobre datas e assuntos específicos.
O investimento da empresa com esses criadores é tanto que no ano passado a plataforma realizou o Educon, voltado apenas para criadores de conteúdo na área da educação. O evento contou com workshops variados sobre técnicas de filmagem, monetização, engajamento, entre outros temas. Foram 120 professores convidados - juntos, eles somam 30 milhões de inscritos.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>