Número de estudantes estrangeiros na Austrália aumenta 15%
Chineses e indianos lideram número de intercambistas no país, mas latino-americanos avançam
O número de estudantes estrangeiros na Austrália cresceu 15% nos primeiros três meses de 2017 em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados das autoridades locais. Cerca de 480 mil estudantes do exterior estavam matriculados em instituições do país em março, sendo que 280 mil deles eram graduandos. Os números são do Ministério da Educação (Department of Education and Training) local.
Em geral, 30% dos estudantes internacionais são provenientes da China, 11% da Índia, enquanto Malásia, Vietnã e Nepal contam com 4% do total, gerando A$ 22 bilhões (R$ 55 bi) em renda para a economia australiana. O crescimento de pessoas interessadas em um intercâmbio na Austrália foi maior entre os chineses, cujo número foi de 20 mil para 140 mil entre março de 2016 e o mesmo mês de 2017.
Belinda Robinson, chefe-executiva da consultoria internacional Universities Australia, disse ao portal britânico Times Higher Education que o último aumento de estudantes estrangeiros no país demonstra a enorme contribuição da qualidade do sistema educacional do país para a prosperidade nacional.
"Nós sabemos que os estudantes estrangeiros são atraídos para a Austrália pela excelente qualidade da educação que nós provemos e o calibre do ensino e da pesquisa aqui", afirmou. "Propostas de cortes nos fundos universitários devem ser consideradas com cuidado pelo parlamento, porque eles podem levar a uma deterioração da qualidade do ensino", concluiu ela, se referindo às recentes discussões sobre diminuir repasses às instituições educacionais do país.
Segundo a consultoria na qual Robinson trabalha, qualquer erosão na qualidade do sistema de ensino superior da Austrália pode diminuir o êxito não apenas dos estudantes nativos como atrapalhar um enorme setor de expansão internacional. Nesse aspecto, os brasileiros também são usados para argumentar em favor do sistema: o número de jovens do Brasil viajando para a Austrália está bombando.
As viagens curtas para o país bateram recorde ao registrar um aumento para 48,1 mil chegadas nos 12 meses anteriores a janeiro de 2017. A taxa significou um crescimento de 181%, ou 31 mil pessoas, em relação às viagens curtas no mesmo período até janeiro de 2007.
Em contraste ao crescimento asiático e latino-americano, os estudantes do Reino Unido representavam apenas 1% dos estrangeiros na Austrália no período, número que também se percebe em outros países, exceto na China e em Hong Kong.
Os dados, enfim, mostram a imensa contribuição econômica que os estudantes internacionais fazem para a economia de cada estado do território australiano: cerca de A$ 8 bilhões (R$ 20 bi) vão para os cofres de New South Wales, cuja capital é Sydney, enquanto A$ 7 bilhões (R$ 17 bi) chegam à Victoria, onde está Melbourne, e A$ 3,2 bilhões (R$ 8,1 bi) para Queensland, estado que abriga a cidade de Brisbane.
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