Em 2018, a construção civil perdeu sua importância na economia para o setor de serviços, que expandiu 1,3% no ano e que encabeçou o crescimento, seguido pela indústria (0,6%) e pela agropecuária (0,1%).

Há, no entanto, expectativas que 2019 seja melhor nas capitais do país, onde o sonho da casa própria se mantém na maior parte das camadas sociais. Em 2018, 468 mil pessoas foram contratadas pelo setor. A construção civil, no entanto, possui uma grande área informal de pessoas que, por si mesmas, constroem suas casas ou empreendem reformas para aumentá-las ou melhorá-las. O fenômeno da auto-construção no Brasil se parece ao de muitos países da América do Sul, em que os moradores erguem suas próprias moradias do chão.

Com isso, outro mercado se estimula nas grandes cidades brasileiras: o de ferramentas. Há algumas delas, por exemplo, que não faltam na casa de ninguém, como furadeira, serrote, serras e chaves, mas outras -- nas mãos de pedreiros -- são necessárias para auto-construir. É o caso, por exemplo, das parafusadeiras elétricas, das cavadeiras, que perfuram o solo para permitir erguer as bases dos alicerces e os pilares de uma construção, e as desempenadeiras, cuja função é alisar as superfícies com massa.

Os comerciantes das lojas de ferramentas ainda dizem que uma caixa de ferramentas completa para uma reforma deve possuir esmerilhadeira, que serve tanto para serviços mais pesados como para ajustes pontuais e cuja principal função é eliminar rebarbas e sobras de acabamentos; esquadro, usado para tirar as medidas certas em até 90 graus e; lixadeira, que, nas fases mais avançadas de uma obra, é essencial para dar acabamento e polimento às superfícies.