Corretor de Seguros : Por que dizer NÃO ao Conserto de Vidros Automotivos?

Você, corretor, é o guardião dos seguros e do bem-estar de seus segurados. Quando se trata de vidros automotivos, sua responsabilidade vai muito além da venda de uma apólice: é nossa função assegurar que o cliente esteja verdadeiramente protegido. E isso começa por entender um fato crucial: os vidros automotivos não devem ser reparados, mas substituídos. Aliás, por que não há uma campanha de incentivo ao conserto de vidros automotivos na mídia, mas apenas no balcão ou na abertura do atendimento? Poder-se-ia demonstrar as vantagens de segurança de se consertar o vidro, não é mesmo? Aliás, considero burlar a troca como ato ilegal, que fere inclusive o CDC e que vamos tocar na próxima leitura.

Vamos refletir por um instante: Você consertaria um copo quebrado em sua casa? Certamente não. E por que seria diferente com um vidro automotivo? Da mesma forma que um copo trincado pode representar um risco ao ser utilizado, um vidro automotivo quebrado também. O paralelismo é claro: qualquer dano pode comprometer a integridade e a resistência do material, tornando-o mais suscetível a falhas futuras.

Vidro Automotivo é Item de Segurança!

“Quando se pensa em proteção do automóvel, o vidro desempenha um papel fundamental em mantê-lo seguro, porque diminui o risco de ejeção, protege contra raios solares, melhora a proteção contra roubo e diminui barulho externo. Vidro automotivo é amplamente reconhecido como um fator importante na segurança do carro”. FONTE

Poucos consumidores estão cientes de que os vidros automotivos são peças essenciais no sistema de segurança do veículo. Eles não estão lá apenas para oferecer visibilidade, mas desempenham um papel fundamental na estrutura do automóvel, por exemplo, em caso de capotamento.

Aqui, corretor, é onde nossa expertise faz toda a diferença. Ao orientar seu cliente, você deve destacar a questão econômica e de segurança dos passageiros, porque essa é uma responsabilidade que não deve ser subestimada. Afinal, questões de segurança são evidentemente obrigações de informação do corretor de seguros.

O Papel Fundamental do Corretor

Como especialista em seguros, você é o primeiro a ser consultado sobre os detalhes de uma apólice. É nossa função educar o cliente sobre o que realmente importa na proteção do veículo. Muitos consumidores, focados em economizar, podem ser atraídos por serviços de reparo de vidros que parecem ser gratuitos à primeira vista. Mas porque pode ser barato ou gratuito? O que ocorre depois? Há uma garantia eterna para o conserto? No entanto, é nosso dever alertá-los de que essas soluções são apenas paliativas, talvez mascarando o problema real e mesmo criando um risco maior a longo prazo.

A proteção que você oferece vai além do preço; ela está embasada em uma preocupação genuína com a segurança e a tranquilidade de quem confia em você. Talvez dizer "não" ao conserto de vidros automotivos seja um ato de nossa responsabilidade. Você sabe que, em caso de dúvidas, é sempre melhor optar pela substituição completa do vidro. Isso garante que o carro do seu cliente continue oferecendo o nível de segurança projetado pelo fabricante, sem comprometer a integridade do veículo ou a vida dos ocupantes. Aliás, até mesmo a colocação de vidros não originais devem ser repensados.

Conserto na hora da troca, sem o corretor saber

Muitos Clientes me alertaram ou mesmo não fizeram a troca, devido serem abordados no balcão com a possibilidade de troca. Um caso específico foi o de um veículo que foi trocar o vidro, o cliente não me informou no momento, mas foi convencido a reparar o vidro. Posteriormente, passados alguns anos, foi necessário a vistoria para o veículo e a cia não aceitou a cobertura dos vidros, devido a uma falha no conserto. Resultado: teve que trocar o vidro, pagando do próprio bolso, para depois requerer a cobertura. Então, se conserto é bom, por que a seguradora negou a cobertura?

Nesta série de informações, nosso objetivo é claro:não permitir que o meu cliente compre gato por lebre. O barato pode sair caro, e em se tratando de segurança veicular, o custo pode ser irrecuperável. O mercado de seguros é dinâmico, e cabe a você, corretor, garantir que seus segurados estejam cientes dos riscos ocultos em ofertas aparentemente vantajosas, como o reparo de vidros.

Em um mercado cada vez mais competitivo, a confiança que você constrói com seu cliente é seu maior ativo. E essa confiança é fortalecida quando você se posiciona como um verdadeiro defensor da segurança, orientando o consumidor para as melhores práticas, mesmo que elas pareçam, inicialmente, menos convenientes. O conserto de vidros pode parecer uma solução rápida e de graça, mas o preço de um erro nesse sentido é inestimável, quando ocorre um problema de segurança causado por esse detalhe.

Corretor, esteja sempre atento aos detalhes e nunca comprometa a segurança em prol de conveniência. Vidros automotivos quando avariados foram feitos para serem substituídos, e a segurança de seus clientes é o principal fator que deve guiar suas recomendações. O vidro automotivo não é um mero acessório; é uma peça vital que exige cuidado e atenção. Seja o corretor que se preocupa, o corretor que protege, o corretor que diz NÃO ao conserto de vidros!

Como os meus textos influenciam o mercado de seguros e os corretores de seguros, sei que a maioria de nós já atua observando essas normas, mas é justamente avisando o cliente para a tentativa de reparar um vidro que está na maior solução deste caso. No meu caso: “DIGO NÃO A REPARAÇÃO DE VIDROS”

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros