SPVAT: Se Realmente É o Ideal, Por Que Apenas Cinco Estados Brasileiros Concordaram em Cobrar o Seguro?
Armando Luís Francisco
É compreensível que existam diferentes visões sobre o novo DPVAT, mas cabe a todos nós refletir seriamente sobre os motivos que levaram essa nova modalidade a ser aprovada com tamanha resistência. Afinal, estamos falando de uma medida que já nasce sob olhares críticos, ao ponto de apenas cinco estados aceitarem sua implementação. O Estado de São Paulo, por exemplo, conhecido por sua robusta infraestrutura e liderança econômica, optou por não cobrar o seguro. Isso nos leva a pensar: o que explica essa relutância?
Em projetos de impacto social tão significativo, seria natural que os governos considerassem não só as vantagens econômicas, mas também as críticas e o histórico de problemas envolvendo o modelo anterior do DPVAT. O antigo seguro obrigatório acumulou diversas denúncias de fraudes e má gestão, gerando um desgaste considerável na confiança pública. Se essa realidade era amplamente conhecida, não deveríamos agora estar ainda mais atentos à implementação de um modelo revisado?
Essa questão vai além de preferências políticas ou partidárias. Trata-se de uma análise cuidadosa sobre a eficácia e a necessidade de uma taxa obrigatória que deve, antes de tudo, ser transparente, eficiente e benéfica à população. A resistência por parte de estados estratégicos pode ser um indicativo de que o novo DPVAT merece uma reflexão aprofundada, e talvez uma reavaliação, antes de ser amplamente adotado.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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