BOMBA EXPLODIU : Seguradoras podem enfrentar riscos e prejuízos decorrentes da má qualidade dos serviços prestados na Assistência 24 horas
Armando Luís Francisco
Dorival Alves de Sousa, renomado corretor e advogado, empregou sua habilidade apurada em redação para produzir um artigo contundente, que expõe uma realidade sombria que algumas seguradoras terão que enfrentar. O autor destaca um fato já conhecido no mercado de seguros: que muitas empresas, em diversos casos, negligenciam a qualidade do atendimento oferecido em seus serviços de assistência emergencial 24 horas, expondo os segurados a riscos à saúde e ao bem-estar por não oferecerem um serviço de qualidade equiparável às melhores seguradoras do mercado. Como resultado, é possível que o consumidor prejudicado ingresse com uma ação judicial com grandes chances de êxito. Veja o artigo aqui.
Observando essa situação, há quase dois anos tenho alertado sobre a possibilidade de que a cobrança de prejuízos em juízo possa se tornar uma vertente com potencial de gerar perdas financeiras em grande escala. De fato, tenho enfatizado que a prestação de serviços mal executada pode ter consequências graves a curto, médio e a longo prazo.
Embora a questão da má qualidade dos serviços prestados por parte das seguradoras tenha sido amplamente discutida e alertada, ainda não houve uma solução efetiva para o problema. É preocupante ver que, mesmo com o aumento de casos de atendimento inadequado, o mercado de seguros parece não ter tomado medidas suficientes para garantir a satisfação e segurança dos seus segurados. Diante disso, cabe questionar quem é o responsável por tomar medidas mais efetivas para solucionar esse problema e garantir a qualidade dos serviços prestados por tais seguradoras. É preciso que todas as partes envolvidas assumam a responsabilidade e se empenhem para encontrar soluções que beneficiem tanto as seguradoras quanto os seus clientes.
Obviamente, a bomba estourou. A má qualidade dos serviços prestados pelas seguradoras que falharam na assistência e a negligência no atendimento aos segurados e corretores terá um preço a se pagar, especialmente agora que os casos de prejuízos estão se acumulando e se tornando cada vez mais frequentes em juízo. É lamentável que, apesar dos alertas que eu mesmo dou há quase dois anos, o mercado de seguros não tenha tomado medidas mais efetivas para solucionar esse problema. Com ar de indignação, insiro um dos meus textos já publicados em meses passados:
“Vamos a lógica: A Assistência 24 horas é um serviço contratado. Por falta de regras no prazo de atendimento, não há prazo de atendimento, que exija cumprimento. Mas isto, da falta de compromisso com o prazo funciona para os clientes? Sim, funciona! Porque os clientes são inibidos pelo custo, geralmente baixo, em entrar pedindo ressarcimento. Porém, nota-se que houve um dano, que poderia se estender até para o Moral, não sufragando como simples aborrecimento em diversos casos. Portanto, há que se mensurar o ressarcimento em quaisquer casos a partir do conceito de que há um dano”. (acrescentei grifos) Melhor Solução veja aqui
Finalizando esta questão, é importante ressaltar que o exemplo mencionado por Sousa em seu artigo é apenas a ponta do iceberg de uma série de casos que demonstram as falhas recorrentes no serviço de assistência 24 horas. Como podemos constatar em diversas jurisprudências, disponíveis em sites como o Jusbrasil.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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