Corretor, não aceite que nenhuma empresa comercialize produtos em sua base de segurados, sem a sua participação no processo. A origem do cadastro e o cliente são da corretora

Para formar o cadastro do cliente, o produtor teve que , contatar, visitar, explicar, calcular, fechar e criar uma rotina para mantê-lo.

O escritório empreendeu todo o esforço na abertura das ordens do cliente e agora vai ACEITAR, sob o manto da suspeita, para outros intrusos, escondidos em telefones indetectáveis, que comercializem outros produtos, sem o devido respeito ao intermediário ORIGINAL?

Qualquer seguradora que ainda mantenha essa rotina deve pensar em parar o desvio, de forma imediata.

E aqui escrevo algumas dicas para o corretor aprender a manter O cadastro da corretora:

- Converse com a seguradora e mostres que conheces os artifícios dela. Sejais francos. Se todos devem se respeitar sob o prisma da ética, por que o desrespeito ao que tu tens de importante? Por que achar que não é nada de mais comercializar outros produtos na tua carteira , sem que autorizes?

- O cadastro é teu! Sem a tua permissão, não devem comercializar outros produtos.

- Chega de ficares quieto e veres que o silêncio apenas contribui para que se torne uma simples grita de teu escritório.

- Informe que se teu cliente receber proposta que não esteja atrelada a corretora, deverá se explicar e ainda pagar comissão, a devida comissão! Afinal, este é um assunto de extrema importância para a categoria.

- Avise, antecipadamente ao consumidor, que este poderá receber contato da venda de produtos. Oriente-o a:

1. A) Não aceitar qualquer contato que não seja realizado pela corretora.
2. B) Pedir o nome e telefone de quem está contatando, acrescentando data, hora e protocolo de atendimento. Avise que, se quem estiver contatando, não fornecer as informações solicitadas, é porque, provavelmente, é uma burla, para que o corretor original não perceba e nem intermedie o contrato. Informe que, por segurança, não é seguro a venda de produtos afins sem a tua participação no processo!
3. C) Avisar sobre a nova Lei da Privacidade do Cliente. Afinal, não foi o segurado quem pediu o contato. Essa nova Lei vai ajudá-los a entender quando é uma quebra de privacidade.
4. D) Aprofundar a conversa com a empresa que atendeu. Peça a descrição da conversa.
5. E) Denuncie na Susep, se suspeitares de algo que se relacione a quebra de privacidade.
6. F) Algumas outras empresas podem receber o cadastro deste consumidor, para atuarem na escuridão do conhecimento do corretor. Portanto, diga não ao intrujão!
7. G) Tu tens o dever de informar o contato de todo cliente, por ser uma norma, mas que isso acontece, de fato, na carteira de boa parte das corretoras.

E, deves perceber que, se todos fizerem isto e passarem de corretor para corretor, certamente surtirá um grande efeito sobre os negócios realizados sem a permissão do corretor. Talvez, até, as seguradoras éticas, neste sentido, gostem deste material. Pois a maioria que acredita no corretor, realmente acredita em ser ética.

Por isso, a seguradora que realmente quer ser ética, sob o fundamental e necessário trabalho do corretor, deve parar de oferecer seus produtos sem este profissional, ,que atende os interesses da companhia e do cliente.

O corretor de seguros não é um funcionário. É um empreendedor que mantém ativos. É um trabalhador com rotinas. Ele não grita a toa. Ele trabalha e quer viver dos próprios esforços. Por isso é mais uma questão ética, a ser tratada organicamente.

Portanto, dê valor ao que tens. Chame os colaboradores e promova uma política que exija respeito à carteira. Pense, pense, pense, em como acabar com isso na listagem da corretora. Apesar de falarem que não, o cliente é seu; tu conquistaste. E não fiques satisfeito com as desculpas.

P.S.: Aqui ficaram algumas dicas. Se quiseres, passe adiante. Se tens algum caso, contate o Sincor. Sejais sempre respeitoso com os parceiros, mas exijais respeito à carteira. Não é uma questão de discussão, ou de se falar mal de alguma, e que eu jamais recomendo, ou de citar nomes, ou ter vantagens e condições trabalhistas, mas de princípios éticos nas relações comerciais.

P.S. 2: Se quiseres, passe ao colega em grupos ou e-mail!