Série 2: O Pai é nosso, o pão é nosso, mas o Reino não é nosso!
Armando Luís Francisco
“Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Mateus 6:10
Nossa existência tem como propósito o serviço. Jesus afirmou: Dá-lhes vós de comer (Lucas 9:13). Em outra passagem, surpresos, os servos disseram: "Então os justos responderão: ‘Senhor, quando foi que o vimos faminto e lhe demos de comer? Ou sedento e lhe demos de beber?"(Mateus 25:37). A resposta a essa última pergunta foi, de forma resumida, quando servimos o próximo, especialmente o mais desfavorecido.
A verdadeira grandeza reside naqueles que se colocam na posição de servir. Cristo e Deus, de fato, dedicam-se ao serviço, e nós, como imagem e semelhança de Deus, somos chamados a seguir o mesmo caminho. Qual é, então, o nosso papel? Servir ou ser servido? A resposta parece ser clara: servir. E a quem? Indubitavelmente, às pessoas a quem temos o dever de servir. As seguradoras atendem seus acionistas, clientes, funcionários e provedores. Os corretores prestam serviço aos segurados, seguradoras e outros envolvidos em sua capacidade de servir. As entidades ligadas às seguradoras e corretores, igualmente, têm a responsabilidade de servir a todos os demais em sua rotina, especialmente àqueles que necessitam de sua representação, pois esse é o motivo de sua constituição. Portanto, para fixar na mente, essa é a lógica do serviço que beneficia a humanidade em nossa indústria.
Porém, costumo afirmar que o corretor não detém o controle de nenhum dos seus extremos, pois atua como intermediário, e essa é a função dele, posicionando-se no centro - não como central - diga-se - das relações. Essa condição o coloca justamente no meio da dinâmica e isso interfere em seu poder. Por esse motivo, ele, o produtor, não possui efetivamente nenhum poder, seja absoluto ou relativo, em suas questões profissionais, onde não se destaca por meios individuais. Dessa forma, para ilustrar essa dinâmica, ele é inteiramente dependente de outros, o que justifica a representação de classe, inclusive. Como mencionado anteriormente, individualmente, não alcança muito sucesso em suas demandas.
As seguradoras, mesmo detendo poder individual por estarem na ponta das relações e possuírem recursos abundantes, felizmente, também conseguem uma representação significativa de todas elas. Embora tenhamos uma representação dedicada à nossa atividade de classe, por motivos evidentes já mencionados, essa representação não atinge o mesmo nível de poder da representação das seguradoras. Contudo, o que ambas as representações compartilham é o compromisso com o serviço àqueles a quem representam. Portanto, é louvável incentivar essas lideranças em seus esforços para obter resultados em benefício daqueles que servem. E servem porque o Reino não nos pertence. Então, cada um de nós e especialmente aqueles que devem trabalhar e servir aqueles a quem representam o nosso compromisso é de sermos bons servos que conhecem e fazem o melhor para aqueles que precisam ser servidos de forma a obterem o dinheiro para a compra do pão de cada dia.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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