Seguros Suspeitos: Uma Receita para o Desastre Financeiro no país de Alice
Armando Luís Francisco
Muitos acreditam que contratar um seguro sem qualquer regulamentação é como perseguir o sonho de Ícaro, voando alto com asas de cera sob um sol escaldante. Permitir tal situação é uma irresponsabilidade que desafia a lógica, quase como criar um mercado para guarda-chuvas embaixo de uma cachoeira, ou colocar um bote inflável no meio de um maremoto; vai afundar!
Até mesmo em lugares distantes como a indústria de "Chivva", que no passado fabricava produtos com patentes de outros... confundidos como piratas, de produtos onde o conceito de "jeitinho de Alice" não se aplicava, a ideia de seguros sem regulamentação é descartada. É como tentar vender um refrigerador para um esquimó: desnecessário e, francamente, absurdo. Então, até mesmo em "Chivva" não há seguros piratas.
Parece que isso está permitindo essa extravagância, quando uma "taxa" única é cobrada mensalmente do segurado do país de Alice, sem base matemática, estatística ou qualquer análise séria de riscos. Onde está a regulamentação para proteger a integridade da indústria seguradora do país de Alice? Porque regulação não há!
Mas quem será o verdadeiro pagador desse pato? Acredite ou não, não é o consumidor, como muitos podem pensar. A tragédia recai diretamente nas mãos das seguradoras do país de Alice, pois os clientes dos seguros suspeitos acham que estão protegidos, mas, na realidade, estão jogando dinheiro fora e vão culpar diretamente a indústria oficial do país de Alice e seus players.
É hora de, finalmente, convencer os legisladores “Alicianos” de que não se pode permitir que o mercado de seguros de lá siga nesse caminho sinuoso de ilegalidade, falta de regulamentação e garantias. Estamos falando de seguros que são tão questionáveis que até possuem registros criminais, decisões judiciais e históricos duvidosos, com tramitação em julgado lá em Alice.
Em vez de combater, devemos questionar. A inteligência humana é boa para isso. Pois não existe um pato de almoço grátis. Alguém vai pagar a conta! Pois é nesses momentos que os seguradores ilegais do país de Alice têm que demonstrar os registros financeiros e contábeis. Aliás, enquanto se guerreia com unhas e dentes pela ilegalidade, consumidores, legisladores e seguradores ilegais alicianos entendem tratar-se de tema de livre-iniciativa para todos - ledo engano!, trata-se mais da obtenção de reservas financeiras para o sonho de Ícaro. Levemos o pato para o centro do palco e perguntemos a todos: quem vai arcar com essa conta do pato de Alice? Afinal, não existe almoço com pato grátis! Essa é a questão e esse é o momento. É hora de pôr um fim a essa bagunça e colocar ordem no mundo dos seguros do sonho de Alice.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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