Governo Federal: Por que ignorar o potencial do novo PAC para revolucionar os seguros?

No entanto, é perplexo o fato de o governo federal não considerar a inclusão do PAC no setor de seguros. Pode-se questionar: por que o governo não busca impulsionar também o crescimento do mercado de seguros?

Como assim, Armando, o governo deseja promover o crescimento do mercado de seguros, não é? Sim e não! Foi lançado o PAC dos Seguros, mas eu entendo que a visão complexa do seguro é miope.

Isso mesmo, e posso lhe dar um exemplo prático: o Novo DPVAT, que não é visto como um produto obrigatório para os automóveis. Não existe nenhum produto disponível no Brasil que possa rivalizar com o potencial do Novo DPVAT para estimular a indústria de seguros. Permita-me demonstrar como isso é possível.

Transformar o Novo DPVAT em um produto de seguro obrigatório de prateleira é um passo crucial. Garantir indenizações condizentes com os danos causados por acidentes de trânsito é fundamental. Além disso, é imperativo incluir a cobertura de Danos Materiais provocados por veículos automotores, tornando-a obrigatória, da mesma forma como o seguro de Responsabilidade Civil por Danos de Ônibus é regulamentado por algumas agências governamentais.

O resultado será uma explosão nas vendas de seguros. Isso, por sua vez, gerará um aumento significativo no número de vendedores e funcionários das corretoras e seguradoras, bem como no número de prestadores de serviços. As indústrias de veículos também se beneficiarão com um aumento nas vendas de carros e peças de reposição.

Além disso, essa iniciativa aliviaria a sobrecarga do sistema judiciário, uma vez que reduziria drasticamente o volume de processos indenizatórios relacionados a acidentes de veículos. Por fim, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor de seguros também experimentaria um crescimento notável, e o governo se veria aliviado da responsabilidade de arcar com os custos de acidentes de trânsito.

Precisa de mais argumentos? O Novo DPVAT representa uma das soluções mais promissoras para impulsionar o crescimento do mercado de seguros.

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros