O aumento de preços dos automóveis impacta diretamente no preço do seguro
Armando Luís Francisco
Imagine uma empresa receber um certo valor (R$) para segurar um bem e pagar muito mais do que recebeu, por causa do sinistro do segurado. Pois bem, este é o caso do seguro no Brasil.
Hoje, depois de muitos anos fixados em tabelas (Fipe,Molicar etc), que impediam o aditamento da própria correção dos valores dos seguros de automóveis, as seguradoras estão sofrendo muito, na tendência de aumento de preço dos objetos seguráveis, diante deste dilema de não receber pela real garantia que está concedendo ao segurado.
No ano passado, nas medidas que se faziam necessárias para precificarem o seguro, a taxação sobre certo veículo levou em consideração a taxa sobre uma tabela que apontava, como exemplo, o preço médio de um carro em R$ 50.000,00. 10 meses depois o veículo apresentou uma perda total construtiva e a seguradora pagou R$ 79.000,00. A diferença da taxação, não recebida pela seguradora, foi totalmente paga ao segurado. E o custo para o segurado, da possível falta de previsão, foi zero. O resultado foi injusto para a seguradora.
Mas, se todos os veículos tivessem sofrido de valorização percentual idêntica, então, menos mal, e isto ajudaria a dimensionar um pouco deste momento cartesiano.
O problema todo é que alguns veículos aumentaram um tanto (%) e outros tantos (%) além disso. Enfim, estou escrevendo de maneira simples e, talvez, para pessoas que não entendam a complexidade da ciência do seguro.
Para se mensurar, no passado o caso era justamente o contrário, os objetos seguráveis sofriam depreciação. Então, as companhias cobravam sobre um certo valor e a tendência era de baixa, posteriormente. Por isso os ajustes na precificação do produto contemplavam, de certo modo, o menor custo para o segurado na vigência seguinte.
Portanto, as seguradoras atuam com uma modelagem estatística de prêmios. E a modelagem estrutural é matematicamente complexa. E a autocorrelação de dados após uma diferença também é complicada.
A verdade é que para se obter um parâmetro que satisfaça o caminho incidental, que exige certos componentes recursivos, e mesmo na configuração da sazonalidade, que permeia a estrutura matemática da técnica securitária; e neste momento, não bastando somente a tentativa de se modelar com um estimador ou algoritmo, que é a nuance do próprio filtro desenvolvido por Rudolf Kalman, em 1960, dever-se-ia obter, concretamente, um parâmetro de aumentos concebíveis, para os objetos que se querem segurar, muito além da tendência inflacionária.
Pois bem, numa realidade de um mundo pós epidêmico, com incertezas muito maiores do que as que vimos até o momento, posso admitir que o caminho matemático não está totalmente fora de um acerto vigoroso, sustentável, do ponto de vista da premissa da medição de resultados. Entretanto, assusta-me em demasia as variantes, que no caso aqui é o aumento exagerado dos veículos e a condição inflacionária do país.
Este é o caso, por exemplo, de algumas seguradoras sofrendo prejuízos de muitas centenas de milhões de Reais (R$) no seguro de Pessoas. Apesar das CG dos produtos informarem que não estavam medindo a condição epidêmica, o certo é que a moralidade e a possibilidade do judiciário dar causa a questão do segurado, fizeram as próprias seguradoras darem vazão solidária à exclusão das própria excludente de garantia securitária.
Por isso, estranha-me o fato dos corretores não entenderem o porquê do aumento geral de preços dos seguros de Danos, especialmente no que diz respeito ao seguro de automóveis.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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