Assédio contra mulheres, até a BIA entrou no caso

A BIA se comunica com a voz de uma mulher.

A BIA faz a pergunta e o cliente responde o que deseja da empresa.

Então, até aí tudo bem. A Bradesco fazendo seu papel e facilitando a vida das pessoas e da própria empresa.

Entretanto, hoje, eu fui impactado por um anúncio muito importante para todos os setores. A história do anúncio é a seguinte: A BIA está sendo assediada, xingada, menosprezada.

Sério, Mas isso vale? A BIA, como pessoa humana, não existe! A BIA representa uma máquina. Então, como pode ser desrespeitada? Como pode ser assediada? Como ela pode representar um fato de violência? Ou como pode uma empresa tomar partido de uma voz? Será que o grupo Bradesco Não exagerou? Criar um vídeo que demonstre violência contra uma máquina, digamos assim, ou um método?

Posso afirmar que o grupo Bradesco tem toda a razão. Simples assim: quem xinga e assedia apenas uma voz feminina, provavelmente, faria isso com qualquer uma das mulheres em seu caminho. E quem se libera, em se libertar daquele juízo que diz que não deveria agir assim, não esconde um sintoma que poderá se manifestar em qualquer momento e com pessoas reais?

O pulo do gato do anúncio é justamente esse, fazer com que as pessoas entendam que devem se governar e mudar sua postura de vida. A publicidade é para que as pessoas identifiquem seus preconceitos.

Eu acredito que toda a violência contra às mulheres, fato que a BIA representa com o nome, a personalidade e com a voz, neste caso, pode transformar uma cultura, se todos perceberem que não podemos fazer isso.

Eu vou ser mais claro:

Violência contra mulheres deve ser tratada na delegacia!

E chega de passar a mão na cabeça do abusador! Lugar de abusador é no xilindró!

No mínimo um tratamento psiquiátrico. E a falta de ação contra abusadores covardes é o que nos mostra o quanto evoluímos como raça!

E todos os abusadores são, antes de todo o resto, covardes! Porque na mente e no ideal não vencem, mas na força bruta dos braços e palavras é capaz de sucumbir os ideiais de igualmente!

Quando um marido destrata a mulher é um covarde!

Quando um homem fala de suas conquistas em conversas de bar demonstra ser um recalcado!

Mais, as conversas contra mulheres nos botequins e congressos são covardias de gente que não sabe o significado da igualdade dos sexos! E isso não é uma conversa religiosa!

Mas se falarmos em religião, ninguém deu tanto valor as mulheres que o próprio Jesus Cristo! E, em países onde ele não é no mínimo um Rabino, as mulheres andam dois passos atrás dos homens.

Sim, há muito machismo em tudo o que vemos. E aqui quem fala é um homem, casado há 30 anos, pai de dois filhos e cumpridor de suas obrigações.

Aqui a cultura permite esse tipo de abuso e vamos mudá-la. Primeiro, denuncie!

Não dá mais para encarar esse tipo de abuso e ficar quieto! Depois, denuncie!

E nenhuma mulher deve continuar com o abusador! Portanto, denuncie!

Então, há um aspecto importante na voz da BIA: Essa voz defende as mulheres! Mulheres, denunciem, hoje!

Vou dar exemplo:

Boa parte da população que fazia seguro no passado, achava que a troca da responsabilidade pelo ocorrido, em acidentes de automóveis, era somente uma esperteza sem qualquer mal. Hoje, sabemos que é crime! O que mudou? A compreensão!

Portanto, o trato humano precisa ser melhorado. O que acontece com a BIA é um bom exemplo para aprimorarmos a nossa própria conduta.

Violência contra as mulheres: Chega!

Bradesco, obrigado por não deixar a BIA calada! Obrigado por fazer disso uma causa! Obrigado, BIA!

Armando Luis Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros