Apesar do desemprego estar em alta no país, os baianos tem feito muitas compras por meio da internet. É o que indica pesquisa do movimento Compre&Confie e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). No primeiro semestre deste ano, o faturamento do setor no estado foi de R$1,1 bilhão, resultado superior em quase 20% ao mesmo período no ano passado. Em Salvador, por exemplo, o acréscimo foi de 25%, com um faturamento de R$ 412,6 milhões no primeiro semestre do ano passado para R$ 513,2 milhões no mesmo período deste ano.

“A gente viu um crescimento muito grande no comércio eletrônico nos últimos anos. Mesmo com o aumento do desemprego, a recessão da economia, ainda assim o comércio eletrônico tem registrado crescimento”, disse o secretário executivo da camara-e.net, Felipe Brandão, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia.

Os segmentos com o maior faturamento foram Telefonia (23,7%); Eletrodomésticos e Ventilação (13,2%); Informática e Câmeras (12,7%); Entretenimento (11,4%); e Moda e Acessórios (11,2%). Em relação ao gênero, a pesquisa mostra um equilíbrio no estado: 51,5% das compras foram feitas por homens, enquanto 48,5% foram realizadas pelas mulheres.

Os resultados também são positivos a nível nacional. No primeiro semestre de 2019, o setor faturou R$32,1 bilhões, o que representa um crescimento de 16,3% ante o mesmo período de 2018. Minas Gerais foi o estado com a maior parte dos ganhos, com 2,1 milhões de pedidos só na capital. Em todo país, foram registrados um total de 76,5 milhões de pedidos, contra 66 milhões no mesmo período do ano passado.

segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), só nos três primeiros meses do ano, o e-commerce registrou um faturamento de R$ 17 bilhões no país, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período no ano anterior. O relatório também mostra que nesses três primeiros meses de 2019, 66 milhões de brasileiros efetuaram compras online e 63 milhões de pacotes transportados.

Mesmo com todos esses resultados positivos, é necessário ficar em alerta para boas práticas de segurança digital no comércio eletrônico. A loja virtual precisa ter certificados de segurança válidos, oferecer uma página criptografada de compra para os usuários e ter sistemas antifraude para barrar operações mal-intencionadas. Além de oferecer uma plataforma virtual segura, as lojas on-line devem ter um bom atendimento e zelar pela qualidade dos produtos e da entrega do que foi vendido.