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Mercado livre de energia: o que esperar em 2024?

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Cinthia Guimarães
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Por Renan Fellipe

O setor de energia está entre os mais promissores do Brasil. Afinal, o país possui uma rica matriz elétrica proveniente de fontes renováveis cuja quantidade, segundo dados do Ministério de Minas e Energia, já representa 84% do total. Por sua vez, uma outra vertente dentro do segmento vem ganhando destaque: o mercado livre de energia.

A modalidade que, de acordo com o boletim divulgado em novembro pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia no Brasil (Abraceel), já corresponde 37% de toda energia do país, terá pela frente mudanças significativas com o início da sua abertura prevista para acontecer a partir de janeiro de 2024.

Engana-se quem pensa que o mercado livre de energia é uma novidade. Atuando no país desde 1966, antes, seu uso era destinado apenas para consumidores que utilizavam mais 500 kV. No entanto, a partir de 2024, os clientes que utilizam alta voltagem acima de 2,3 kV que se classificam no Grupo A, como comércio e indústrias, poderão escolher o próprio fornecedor.

Na prática, o Grupo A poderá negociar preços e definir contratos diretamente com a comercializadora, definir prazos e escolher a fonte, seja hídrica, eólica ou solar. Com a desburocratização, as pequenas e médias empresas poderão escolher seu fornecedor, o que irá favorecer ainda mais o desempenho das distribuidoras, tendo em vista que poderão comercializar diretamente com o cliente.

Considerando o momento favorável que o setor irá passar, é crucial que, desde já, as comercializadoras tenham adaptados os seus processos gerencias internos. Isso é, mais do que ampliar oportunidades, a abertura do mercado livre de energia trará consigo mudanças e alterações processuais que precisarão ser estabelecidas para, assim, garantir o melhor atendimento para os consumidores.

E, em se tratando do Brasil, que possui uma ampla complexidade na legislação e tributação de impostos que passa por constates mudanças, essa não será, de longe, uma tarefa fácil. Por isso, contar com o apoio da tecnologia por meio de ferramentas de gestão como um ERP adaptado para o segmento, é uma excelente alternativa.

O software possui a habilidade de ajudar a readequar e desenhar os processos, bem como auxiliar a promover a automatização das tarefas, reduzindo majoritariamente a chance de riscos e erros. Além disso, considerando que as comercializadoras irão obter um alto volume de clientes, a solução é eficaz para ajudar no gerenciamento e controle de dados e informações de consumidores.

É importante destacar que a abertura do mercado livre de energia é vista com bons olhos como um todo, considerando que além de beneficiar as comercializadoras, sua expansão irá favorecer economicamente o país. Afinal, ela será revertida no aumento de oportunidades de empregos, além de ampliar o interesse de investimentos nacionais e internacionais na geração de energia que, entre 2015 e 2022, totalizou US$ 114,8 bilhões de dólares, de acordo com dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

Ao que tudo indica, teremos em 2024 um cenário favorável para a expansão do mercado livre de energia. A expectativa é que, cada vez mais, nosso país se torne atrativo neste setor, à medida que vai sendo consolidada sua posição frente outras nações na geração de energia renovável, favorecendo ainda mais sua vantagem competitiva na transição energética na redução de CO2.

Além disso, levando em conta o engajamento no combate às mudanças climáticas, com a maior flexibilidade dos consumidores na escolha da sua fonte de energia, as empresas que utilizam alta voltagem terão aptidão para receberem o selo Net Zero, que classifica edifícios que se tornaram eficientes e sustentáveis a partir do uso de matriz energética renovável – algo que nosso país tem de sobra.

Teremos pela frente um vasto leque de oportunidades para serem exploradas no setor de energia no próximo ano. A abertura da modalidade do mercado livre para os consumidores do Grupo A, é o primeiro passo da expansão que, até 2028, será ampliada para o grupo residencial, abrindo margem também para os varejistas que atuam no setor.

Sendo assim, é fundamental que o foco esteja na busca pela melhor forma de preparo, a fim de garantir o sucesso e desempenho. Até porque, embora não seja um e-commerce de cor amarela, o mercado livre de energia, muito em breve, estará disponível para todos a qualquer hora e lugar.

Renan Fellipe é executivo de contas da G2.

Sobre a G2

A G2 entrega a melhor solução de gestão para empresas em crescimento em nuvem, provendo o ERP SAP Business One, totalmente em compliance com a SAP®, empresa alemã líder mundial no segmento. A companhia dispõe de ampla experiência em diversos mercados, como prestação de serviço, importação, exportação, indústria, varejo, e-commerce, telecom, energia, utilities, engenharia, comércio e outros.


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