Empresas devem investir em liderança feminina que englobe todos os grupos
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É preciso incentivar liderança feminina de fato inclusiva e ambiente corporativo democrático, aponta Gisele Miranda, Mentora em Carreira & Liderança Feminina que já qualificou 1.000 mulheres ao longo de 25 anos
É impossível negar a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho, tanto no Brasil quanto no cenário mundial. A cada ano, mais mulheres passam a ocupar posições de destaque em empresas de todos os portes e segmentos, ganhando relevância e assumindo seu protagonismo.
Porém, apesar dos avanços nos últimos anos, muitas mulheres ainda enfrentam múltiplas barreiras para sua ascensão profissional, principalmente no que se refere aos cargos de liderança. De acordo com pesquisa recente da BR Rating -primeira agência de rating de governança corporativa do país - apenas 3,5% das companhias entrevistadas têm CEOs mulheres, e somente 16% têm mulheres em cargos de diretoria. Já 19% das corporações têm mulheres em cargos de gerência.
A sondagem foi feita com 486 empresas que empregam de 200 a 10 mil funcionários, sendo 59% nacionais e 41% multinacionais. Outro levantamento recente, realizado pela Catho, aponta que mulheres que ocupam cargos de liderança recebem, em média, salário 19% mais baixo do que os homens nas mesmas posições. Elas também continuam sendo minoria nos altos escalões das empresas: apenas 39,5% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres.
“Esses levantamentos indicam o quanto ainda é preciso progredir em relação aos investimentos em liderança feminina. Vemos algumas iniciativas, mas de forma geral, ainda são muito incipientes, é preciso fazer muito mais para que, daqui a alguns anos, possamos ver de fato passos significativos em prol da igualdade de gênero no mercado de trabalho”, avalia a Mentora em Carreira & Liderança Gisele Miranda, autora do best-seller “A Coragem de se apaixonar por você” (2021).
Ela ressalta que, embora ocupem menos cargos de gestão e recebam salários mais baixos, as mulheres são as que mais buscam qualificação e aprimoramento. “As profissionais do sexo feminino se qualificam mais que os do sexo masculino. A mesma pesquisa da Catho indica que as mulheres são 56% do total de pessoas com pós-graduação, especialização ou MBA no Brasil. Elas também são a maioria entre os profissionais com ensino universitário -- 52% do total”, ressalta a mentora.
Mulheres 50+, mães e outros grupos no mercado de trabalho
Para Gisele, além de treinar e preparar mais mulheres para serem líderes, é preciso que as organizações estejam engajadas em estabelecer lideranças femininas efetivamente inclusivas. “A figura da profissional mulher não é única, é plural, e não pode ser resumida em um único perfil”, defende a Mentora em Carreira & Liderança.
“O sexo feminino engloba grupos diversos, e é preciso contemplar todos eles- como, por exemplo, as mulheres que são mães, as mulheres transgênero, as mulheres negras, as mulheres 50+, para citar alguns exemplos. Quando se começar a encarar dessa forma e pensar em iniciativas voltadas especificamente para cada um desses grupos, aí sim se estará falando de fato em inclusão verdadeira”, pontua a autora.
A mentora lembra que, embora alguns acreditem no contrário, o preconceito contra a figura da mulher é real no mercado de trabalho, mesmo nos dias de hoje. “As mulheres ainda enfrentam diversos tipos de estereótipos, preconceitos e obstáculos no mundo corporativo. As que são mães muitas vezes têm dificuldades para terem uma promoção ou se recolocarem no mercado após o período da licença-maternidade, e há o preconceito de gênero, de idade, entre outros”, avalia.
Um relatório recente da ONU revelou que quase 90% dos homens e mulheres têm algum tipo de preconceito contra as mulheres. O índice “Normas Sociais de Gênero” entrevistou pessoas em 75 países, e concluiu que, globalmente, 40% das pessoas consideram que os homens são melhores executivos de negócios. Além disso, segundo o estudo "O Mercado de Trabalho para as Mulheres", feito em 2021 pela Infojobs, empresa de tecnologia para recrutamentos, 51% das mulheres entrevistadas afirmam ter sofrido algum tipo de preconceito no mercado de trabalho.
No que se refere aos profissionais 50+, a situação não é muito diferente. De acordo com a mesma pesquisa da Infojobs, 70,4% dos profissionais com mais de 40 anos entrevistados afirmam já terem sido alvo de preconceito no ambiente de trabalho devido à idade. O levantamento foi feito em abril de 2021 com 4.588 profissionais.
“Ou seja, o preconceito de gênero e de outros tipos está entre nós. Uma profissional mulher que seja mãe, negra e 50+ está vulnerável a enfrentar uma tripla barreira no mercado. São obstáculos muitas vezes ‘invisíveis’ para quem não vive isso em sua realidade, mas facilmente detectados para quem busca reconhecimento profissional e muitas vezes não consegue”, comenta a especialista.
Ser mulher e líder no “novo normal”
Com a adoção do modelo de trabalho remoto ou híbrido, surgem mais desafios e a realidade corporativa é outra. No entanto, na visão de Gisele, muitas empresas têm perfil mais conservador e não estão preparadas nem para o modelo tradicional, quanto mais para o mais flexível, em que se lida com questionamentos e dilemas.
“O modelo de trabalho home office, por exemplo, é bom e ruim ao mesmo tempo. Há aqueles que defendem que são mais produtivos trabalhando de casa e conseguem ter melhor qualidade de vida, enquanto outros se queixam que a jornada de trabalho aumentou muito após o início da pandemia. São questões ainda em discussão, sobre as quais ainda não se chegou a um consenso”, analisa Gisele.
Para a especialista, sobre uma questão não há dúvida: as mulheres são boas líderes e lidam até melhor que os homens com situações de estresse e pressão. Estudo recente da “Harvard Business Review” aponta mais eficácia e engajamento dos funcionários em empresas com lideranças femininas. A pesquisa avaliou 454 homens e 366 mulheres entre março e junho de 2020 e mediu o grau de satisfação e comprometimento dos funcionários que trabalham com líderes do sexo feminino.
“O público feminino se sobressaiu, com as mulheres classificadas de forma mais positiva em 13 das 19 competências de liderança, a partir das respostas dos entrevistados. A vantagem se deu principalmente devido ao uso de habilidades interpessoais -- as soft skills -, como colaboração, trabalho em equipe e motivação.
“Ou seja, investir em líderes mulheres beneficia também, e muito, as empresas. Hoje novos desafios estão sendo lançados, existe um novo cenário. O mundo mudou, o mercado também mudou, e as mulheres estão preparadas para isso”, finaliza.
Sobre Gisele Miranda- Mentora de Carreira & Liderança, autora e palestrante, Gisele Miranda atua há 25 anos auxiliando mulheres a despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de sua própria história. Com formação em Psicologia Positiva, Neurolinguística e Neurociências, tem como principal missão fomentar e empoderar as lideranças femininas nas organizações, guiando mulheres e empresas rumo ao sucesso. É autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você" (Editora Gente).
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