Coronavírus deve impactar seguradoras que atuam com eventos
O surto do novo coronavírus pode significar uma carga pesada de sinistros para o mercado de seguros dos eventos adiados. As doenças transmissíveis geralmente são excluídas das apólices de cancelamento de eventos, mas podem ser renegociadas para os eventos adiados. Tim Thornhill, diretor de vendas, entretenimento e esporte da corretora de seguros Tysers, disse em uma entrevista que, dependendo da cobertura dos eventos cancelados, “o impacto pode ser enorme”, informam as agencias internacionais.
Até agora, grandes seguradoras e resseguradoras globais esperam um impacto limitado do coronavírus em seus negócios em geral. Aqueles com exposição ao seguro de vida disseram que o surto é pequeno em comparação com os cenários de pandemia. No lado de seguros gerais, que protegem bens, muitas apólices de seguro comercial são pagas somente quando a propriedade foi danificada e a cobertura para interrupção de negócios é baixa.
Mas para o mercado de cancelamento de eventos, os especialistas afirmam que a perda pode ser “potencialmente enorme”, segundo informou em entrevistas as agências internacionais Gary Flynn, diretor de divisão de esporte, mídia e entretenimento da corretora Howden UK Group. “Relativamente falando, não há muita capacidade disponível em [cancelamento de evento] em comparação com outras classes de seguro”.
Edel Ryan, chefe de entretenimento, produção de conteúdo e reputação corporativa da equipe de risco especial da unidade Marsh & McLennan, disse em entrevista que, antes do surto, um acúmulo de perdas ao longo dos anos já levara algumas seguradoras “se retirarem totalmente do risco de contingência”. Outras seguradoras continuaram a subscrever o risco, “mas a taxas crescentes”.
Importantes eventos como o Grand Prix em Xangai e o Campeonato Mundial de Atletismo em Nanjing, China, foram adiados e vários eventos esportivos foram encomendados para serem disputados sem espectadores, incluindo partidas na liga italiana de futebol Serie A e na Fórmula 1. “A maioria dos grandes eventos provavelmente tenham mais apetite para eliminar a recompra de doenças transmissíveis”, disse Thornhill.
Provavelmente o maior impacto potencial seria um cancelamento dos Jogos Olímpicos de verão de 2020, programado para acontecer em Tóquio, entre 24 de julho e 9 de agosto. O Comitê Olímpico Internacional tem um seguro de cancelamento para cada iteração do evento. O Insurance Insider informou que a apólice para os jogos de Tóquio tem um limite de US$ 800 milhões.
A BBC informou que o ministro olímpico do Japão, Seiko Hashimoto, disse em 3 de março que o contrato de Tóquio com o Comitê Olímpico Internacional poderia permitir um adiamento, pois apenas estipula que os Jogos sejam realizados em 2020.
O CEO do resseguro de Munique, Torsten Jeworrek, disse aos analistas em 28 de fevereiro que, se todos os eventos que cobrirem doenças transmissíveis forem cancelados, o ressegurador enfrentará pedidos de indenizações na casa de três dígitos. Isso também seria um grande problema para o Lloyd’s de Londres, considerando eventos no Reino Unido e nos EUA.
Se a cobertura do coronavírus for disponibilizada para venda, é provável que tenha um preço proibitivo. Antes do surto, a extensão da doença transmissível estava disponível com taxa de 0,1% do orçamento segurado, disse Ryan, da Marsh, mas após o surto, a taxa subiu para 15% de um limite especificado para cobertura de coronavírus, embora ninguém tivesse confirmado tal informação. “Se os negócios forem feitos, imagino que será difícil financiá-los – quem pode pagar 15%?”.
Os especialistas afirma que ainda nao ha como ter clareza sobre a situação das seguradoras que atuam com eventos, uma vez que há grande variação na cobertura das apólices de eventos. Mesmo onde a cobertura está em vigor, ela pode não ser acionada – por exemplo, se uma empresa cancelar um evento, mesmo que não houvesse conselho ou instrução oficial para fazê-lo.
Boa parte dos organizadores de eventos cancelados tem dito que o evento tinha “cobertura de seguro completa e abrangente”, mas que as “circunstâncias excepcionais” que forçaram o cancelamento do evento “não são cobertas pelas apólices de seguro”.
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