Jean Figueiró destaca o CVG RS e comenta sobre atividades e ações do Clube em 2024

SG - Quais serão as atividades do CVG RS para o segundo semestre de 2024?

Jean Figueiró - O Clube retoma no segundo semestre os eventos presenciais, começando com o Café do CVG que promoverá uma palestra de grande relevância que será conduzida pelo Rogério Araújo sobre seguros de pessoas. Retornaremos com o Conexão do Saber e novidade é o Café Itinerante, em que nossa Entidade estará presente em três regiões do interior do estado, ainda no segundo semestre de 2024. É preciso destacar que é importante para os profissionais do mercado segurador que eles sejam associados ao CVG RS. Contanto com o apoio do Sincor – RS, o objetivo dessa atividade é mostrar o quanto é importante fazer parte do quadro associativo. Junto com a realização do Café Itinerante teremos a participação de uma seguradora convidada para falar de seus produtos e projetos.

SG - Em sua avaliação qual é o aprendizado que o setor de seguros está tendo após mais de 60 dias da catástrofe climática que afetou o Rio Grande do Sul?

Jean Figueiró - Tudo que afeta a sociedade de forma coletiva sempre gera grandes impactos. Foi o que aconteceu na pandemia e é assim que ocorre em desastres naturais que eventualmente acontecem em nosso planeta. É importante frisar que quanto mais próximo da gente, mais sensibilizados ficamos, pois a máxima que só acontece com os outros é desconstruída. O aprendizado que ficou é que seguros existem justamente para garantir o improvável. Precisamos encontrar soluções securitárias mais abrangentes para atender melhor as novas necessidades de coberturas para a população, pois talvez estejamos vivendo em um novo normal.

SG - Diante das enchentes que provocaram significativas perdas materiais afetando famílias, empresas e a sociedade, qual a importância do segmento de seguro de pessoas nesse contexto?

Jean Figueiró - O seguro de pessoas é extremamente importante em qualquer momento e não está dissociado da cultura preventiva, sendo o único seguro em que existe a certeza da ocorrência do sinistro. Embora nas enchentes não existam comparações entre os valores indenizados de danos materiais perante as indenizações de seguros de pessoas, imagine a situação de uma família que perdeu tudo nos eventos climáticos e o mesmo episódio tenha causado o falecimento do provedor da renda principal. Neste caso, o seguro de pessoas é o ponto mais importante para a reorganização familiar.

SG - Comente sobre o propósito e os impactos do Movimento SOS – Chuvas RS que foi criado em prol das pessoas afetadas pelas enchentes.

Jean Figueiró – Essa iniciativa de entidades do mercado segurador gaúcho foi uma forma de mostrar a união do nosso mercado e teve como propósito ajudar famílias atingidas, principalmente colegas do setor de seguros que forma duramente impactados. A solidariedade e a empatia nos impulsionaram em cada etapa desse movimento que continua em plena força. Mesmo que a grande mídia não continue dando tanto destaque para a impacto das enchentes, seus reflexos ainda levarão muito tempo para ser ajustados.

Nossas ações seguiram os passos de um longo planejamento e as ações foram debatidas e analisadas todas as segundas-feiras em reuniões dos grupos. Auxílio financeiro e material para as primeiras faxinas, atendimento psicológico com psicólogas voluntárias, mochila e material escolar de acordo com a faixa etária. Estabelecemos parcerias com prestadores de serviço na avaliação elétrica, levantamento das três principais necessidades dos afetados, com o envio de PIX para que ocorra o suprimento dessas necessidades. Realizaremos a confecção de um livro contando a história da enchente. As ações do SOS Chuvas RS permanecerão ativas por um longo tempo.