Seguro não poderia ser acionado em caso de acidente no ibirapuera, diz especialista
pixabay
Uma parte da estrutura metálica da marquise do Parque ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e tombada como patrimônio histórico nas esferas estadual, federal e municipal, caiu e deixou quatro pessoas feridas na última segunda-feira (8), sendo que duas delas foram socorridas e levadas ao pronto socorro do Hospital Albert Einstein. Diante do acidente, o Cqcs convidou um especialista para explicar se o seguro poderia ser acionado.
Com risco de desabamento, a marquise do Parque já estava interditada ao público há quase cinco anos e, por conta disso, o consultor de seguros Sérgio Ricardo declarou que nenhum seguro poderia ser acionado. No entanto, o executivo também explicou que, em situações normais, o Seguro de Responsabilidade Civil seria ideal.
“Em condições normais, a proteção contra danos a terceiros (materiais e/ou corporais) seria pelo seguro de responsabilidade civil. Quanto aos danos próprios, eles estariam cobertos em duas situações: em havendo uma obra, pelo seguro de risco de engenharia obras civis em construção e/ou instalações e montagens, com seguro de responsabilidade civil do construtor ou em caso de um imóvel em condições operacionais, pelo seguro empresarial com a contratação da cobertura de desmoronamento de estruturas e seguro de responsabilidade civil”, disse ele.
“Creio que o que é relevante é saber se a administração pública de São Paulo tomou os devidos cuidados de gerenciamento dos riscos envolvidos, o que pela ocorrência fica claro que não”, complementou Sergio. De acordo com informações veiculadas pelo G1, em junho de 2022, a Justiça determinou que a prefeitura concluísse as obras emergenciais do monumento em até três anos.
O consultor de seguros entrevistado também fez questão de enfatizar que o seguro é uma parte da solução para mitigar os prejuízos e amenizar os danos causados, mas evitar ocorrências, principalmente por desleixo, é o fundamental.
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