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Crise nas bolsas do mundo: O que aconteceu?

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Especialistas repercutem sobre a segunda-feira sangrenta nos mercados e o que está por trás das quedas nos mercados

Na última segunda-feira, os mercados financeiros globais enfrentaram uma crise generalizada, com quedas nas bolsas globais. Na última sexta-feira, dados de emprego, o Payroll, nos EUA, vieram abaixo do esperado, o que fez aumentar o receio de uma recessão nos EUA. Já no Japão, como forma de combater a inflação, o banco central japonês subiu os juros do país e fez o mercado desmontar posições.

Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital, observou que, apesar da queda do payroll dos EUA na sexta-feira, os dados subsequentes sobre o setor de serviços divulgados na semana passada mostraram um desempenho melhor do que o esperado, levando a uma recuperação temporária antes do caos generalizado da última segunda. "Essa aversão a risco foi um pouco exacerbada", comentou Mendonça, ressaltando que a instabilidade também foi alimentada por questões geopolíticas, como os conflitos no Oriente Médio. Ela notou que, embora o Brasil tenha sido afetado, a moeda brasileira foi uma das menos impactadas entre os mercados emergentes.

O economista Luiz Rogé, sócio da Matriz Capital Asset, destacou que o pânico nos mercados foi impulsionado, principalmente, pelo relatório de emprego de julho nos EUA, que veio abaixo das expectativas. "O crescimento abaixo do esperado no aumento do nível de emprego nos dados referentes a julho nos EUA acendeu as luzes e detonou esse processo", afirmou Rogé. Ele explicou que a manutenção das taxas de juros nos EUA, combinada com uma elevação inesperada das taxas pelo Banco do Japão, gerou um movimento de reversão nas operações de carry trade, em que investidores buscam retornos em países com juros mais altos. "Tivemos um movimento de reversão de operações de carry trade e fuga para obter taxas ainda elevadas de juros nos EUA", observou. Essa dinâmica também pressionou o dólar e contribuiu para a queda das bolsas.

Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital, acrescentou que a correção nos mercados americanos era esperada, mas o que se viu foi um conjunto de fatores exacerbando a queda. Ela destacou que a recente alta de juros pelo Banco do Japão impactou severamente os ativos de risco globais, levando a um desmonte das posições de carry trade. "As posições nas empresas de tecnologia que vinham observando valorização expressiva na onda da Inteligência Artificial passam a ser questionadas tendo em vista os impactos de uma possível recessão e a diminuição de liquidez perante à decisão de juros japonesa - provavelmente estamos à frente de um momento de reprecificação de risco e será importante acompanharmos a extensão das correções”, diz.

Além disso, segundo Kist, “temos uma temporada de resultados de balanços com poucas surpresas positivas, dado que as expectativas dos investidores já implantaram uma ‘barra alta’ aos resultados de lucros e receitas”.

O índice de volatilidade VIX, que mede a expectativa de volatilidade no mercado, atingiu seu maior nível desde março de 2023 devido ao medo de uma recessão americana. Para Ana Paula Gobbo, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital, a alta do índice se deu, principalmente, devido ao medo de uma recessão americana. Ela previu que a volatilidade deve persistir, com investidores se concentrando em economias mais consolidadas e aumentando as preocupações com os mercados emergentes. "O investidor deve estar preparado para um mercado com alta volatilidade para os próximos 30 dias", acrescentou.


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