ONG Banco de Alimentos amplia ações para ajudar a reduzir impacto do coronavírus
Há 22 anos buscando alimentos onde sobra e levando onde falta, para combater a fome e o desperdício de alimentos e complementar a alimentação de mais de 20 mil pessoas, a ONG Banco de Alimentos está ampliando a sua atuação nesse momento de crise do coronavírus. A instituição passou a atender mais entidades que estavam na sua fila de espera e trouxe mais associações de comunidades carentes, passando a entregar alimentos agora a um total de 63 entidades que abrigam idosos, pacientes, moradores de rua e crianças em situação de vulnerabilidade social. Para reforçar a logística e a entrega de alimentos durante a quarentena da Covid-19, a ONG Banco de Alimentos mobilizou a equipe, lançou uma campanha de financiamento coletivo e está solicitando doações para a compra de cestas básicas para serem distribuídas a entidades que estão solicitando apoio.
Veja como ajudar com doações:
- acesse o link da campanha de financiamento coletivo
- acesse o site www.bancodealimentos.org.br
- ligue para 11 99841 2084
- escreva para o email
"Não vamos parar. Alimento é vida e quem precisa não pode esperar", afirma Luciana Quintão, fundadora e presidente da ONG Banco de Alimentos. "As entidades mais do que nunca precisam das doações. Por isso estamos ampliando as parcerias e o número de assistidos. São entidades que não podem suspender suas operações. Outras têm que ampliar o atendimento, como aquelas que recebem moradores de rua que antes ficavam só para dormir e agora estão presentes durante todo o dia, o que significa que, em vez de uma refeição, são necessárias três refeições", diz Luciana. Apenas no mês de fevereiro, com o trabalho de colheita urbana que realiza desde a sua criação, a ONG coletou 41.215,3 quilos de alimentos que chegam todos os dias a idosos, doentes e crianças carentes.
Agora, para ampliar as ações em razão da pandemia, a ONG Banco de Alimentos está trabalhando duas frentes: a entrega de cestas básicas e a entrega de cartões vale-alimentação pré-carregados com R$ 60,00. Para isso há toda uma estrutura pronta, ou seja, as instituições cadastradas a serem atingidas e o esquema de distribuição adotado desde a sua criação, em 1998. Porém, recursos adicionais são necessários no momento para financiar a expansão das operações e para a aquisição de cestas básicas.
Um mapeamento e cadastro de instituições que estão solicitando apoio foi realizado. Além disso, a ONG Banco de Alimentos busca contemplar também as comunidades: as instituições que recebem a ajuda podem redistribuir os apoios recebidos na comunidade em que estão inseridas.
As doações podem ser feitas de duas formas:
•Doações de cestas básicas: pessoas, entidades, empresas podem comprar e doar; a equipe do Banco de Alimentos cuida da distribuição para todas as instituições cadastradas.
•Doações em dinheiro: neste caso, a ONG Banco de Alimentos utiliza os recursos para comprar cestas básicas ou para abastecer o cartão vale-alimentação, com o recurso de uma cesta básica. Em ambos os casos, a equipe do Banco de Alimentos cuida de toda a logística de entrega para as instituições cadastradas, seja das cestas ou dos cartões VA.
As doações em dinheiro são extremamente importantes neste momento, para que um maior número de cestas básicas chegue a quem precisa. A equipe do Banco de Alimentos está de prontidão, uma vez que o momento difícil provocado pela crise do coronavírus pede esforços extras e uma ponte maior entre quem quer doar e quem precisa receber. O objetivo é minimizar o impacto da vida de todas as pessoas em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia da Covid-19 e durante a crise econômica que certamente se estenderá por mais tempo.
"Há 22 anos venho lutando por uma outra realidade, aquela em que a gente sabe que cada um conta, aquela em que a gente não pode desperdiçar recursos sabendo que tem muita gente passando fome e que `várias fomes` são criadas todos os dias através dos nossos atos e ações. Nesse momento de profunda dificuldade, agradeço imensamente a todos que puderem doar recursos financeiros e às parcerias desenvolvidas por pessoas físicas, governo, setor privado, porque é assim que tem que ser, porque uma sociedade é composta por pessoas e quanto melhor todas as pessoas estiverem, melhor será essa sociedade", diz Luciana.
Inteligência Social
Luciana destaca que é um momento também em que a sociedade precisa realmente começar a fazer as melhores escolhas, a fazer escolhas com inteligência social. Aquela inteligência que olha para a coletividade como um todo, não só para determinados grupos de pessoas, para que todos possam de fato ter um futuro muito melhor. Ela acredita que, mais do que nunca, precisamos aprender a viver em sociedade.
A crise do coronavírus, segundo Luciana, evidencia que sempre vivemos e sempre vamos viver em rede, não se tratando apenas de uma questão tecnológica. Diante desta evidente interconexão, colocamos em risco o funcionamento da engrenagem social todas as vezes que atuamos de modo não inteligente e negligente. Luciana acredita que mais do que nunca é preciso colocar a "Inteligência Social" em prática e transformar o que já não produz bons resultados, construir e fazer o bem e o necessário para que haja harmonia, segurança, paz, necessidades básicas atendidas, proteção ao meio ambiente e uso sustentável dos recursos naturais.
Em seu livro "Inteligência Social, a perspectiva de um mundo sem fome(s)", lançado no final de 2019, Luciana considera que é preciso também redefinir o significado de riquezas de uma sociedade e migrar para um novo modelo. Além disso, destaca que "devemos nos ater ao bem verdadeiro como a prática da Inteligência Social e investir em conhecimento dos fatos, no entendimento das relações humanas e sociais, na moral e na ética, e no conhecimento do próprio ser humano. Agirmos como médicos sociais, conhecendo a doença que acomete o nosso corpo social e seguir o caminho da cura com base no uso da inteligência sanadora aplicada aos males que se apresentam".
O livro Inteligência Social destaca que "a fome é uma metáfora para todo tipo de carência. A fome dói, exclui, mata e constitui-se em um abuso social. Temos fome de comida, de justiça, de amor, de transporte, de moradia e de educação. Tudo isso é fome. Tem fome, portanto, quem é privado de algo, inclusive de seus direitos sociais, como vivenciam tantos cidadãos do Brasil e de outras regiões do planeta".
Em momentos de crise como a vivida hoje pelo coronavírus, Luciana considera que a falta de inteligência social agrava ainda mais o problema, uma vez que a desigualdade social leva a que o impacto seja muito maior sobre os mais pobres. E a inteligência social, colocada em prática, transforma-se em uma poderosa rede de ajuda para amenizar o impacto da crise.
O livro Inteligência Social, a perspectiva de um mundo sem fome(s), está disponível na Amazon (link) e na Americanas (link).
ONG Banco de Alimentos
Ajude a alimentar pessoas em vulnerabilidade social que são do grupo de risco para a Covid-19.
Para doações ligue 55 11 99841 2084 ou escreva para
Para doações via crowdfunding, acesse: http://bancodealimentos.colabore.org/juntoscontracovid19/single_step
Para mais informações, acesse o site: www.bancodealimentos.org.br
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