Reflexões sobre a União e Representatividade na Profissão de Corretores de Seguros
Armando Luís Francisco
Se 98% dos trabalhadores não pagam o Imposto Sindical Facultativo, segundo fontes abaixo, e temos apenas 5% de profissionais associados, com direito a voto, e se essa realidade geral também for a realidade de nossa profissão, nem mesmo a totalidade dos associados está pagando o Imposto Sindical. E isto é horrível. Referência aqui
Eu sei como, mas não vem ao caso agora!
Honestamente, antes de achar que eu sou um opositor, o que eu categoricamente denego, deveria responder o óbvio das perguntas e tentar descobrir fórmulas que tragam os corretores de volta ao ninho da representação. Na crise, o número importa! E quando o testemunho real das coisas praticadas sempre foi o de que quanto menos melhor, como mudar o discurso agora, (redundo)?
Você pode dizer qualquer coisa, mas o meu discurso não passa de uma simples constatação. E ele não levou ao que hoje estamos vendo. Pelo contrário, sempre alertei sobre isso.
Será que realmente estamos mostrando ao mundo o quão fortes ou fracos somos? E qual é a nossa verdadeira força e poder? Obviamente que os discursos são emocionais e levam as turbas a compreenderem emocionalmente e eles podem não ser a realidade do que se quer saber.
E por que eu bato nessa tecla? Por que se não reunir para conversar, o negócio tende mais a ficar pior do que melhor. Porque tenho sinalizado isso nas últimas décadas. Hoje vejo ainda com gratidão o que foram as vitórias no passado, como no caso do SuperSimples. Ainda tenho gratidão por isso e por outras coisas, repito! Sei das grandes qualidades de nossas diretorias. Mas, com tristeza, eu creio que não conversamos o suficiente.
E garanto, não será com autorregulação que haverá massa de corretores em posturas diferentes. E por quê? Porque as imposições não são bem aceitas pelas pessoas. Talvez, 15 anos antes, havia um outro estímulo, mas agora…difícil!
E os governos sabem que não devem ceder a perder o poder. Hoje, em um mercado que deseja chegar a 10% do PIB, qualquer ação é bilionária. E o governo sabe que se autorizar plenamente a autorregulação, vai perder o controle de fiscalização e vai incentivar partidos a tirarem-lhe o poder. Na realidade dará autorização inclusive contra o próprio governo, que em contrapartida ficará nas mãos desses partidos. Aliás, eu penso que a autorregulação poderia facilmente nos dar R$700 milhões para investimento em política / ano. Portanto, mais que suficiente para eleger senadores, deputados em todas as esferas e outros tantos cargos públicos.
Não houve erro em pensar assim, mas não houve primazia em entender quem pôr em primeiro lugar. A primeira pessoa de nossas aptidões é o corretor, que está 95% fora dos votos e da sociedade destes, isto é: praticamente a totalidade.
95% fora, isto é um fato, gostando ou não gostando do que eu estou tentando fazer você entender. Gostando ou não gostando disso estar sendo exposto. Gostando ou não gostando desse assunto estar em debate. É a realidade!
E os seguradores entendem isso. Para qualquer coisa boa ou não tão boa assim.
E não adianta estar morando no prédio das seguradoras, o que eu vejo também como um benefício. Mas se elas sabem que há perda de poder, será que elas continuarão a investir em nós?
Será que elas continuarão a entender que só os corretores devem vender seguros? Eu já vejo que não estão entendendo assim, pelo menos essa é a minha franca e honesta opinião.
Será que ficarão somente como observadoras?
Eu não ficaria observando! E eu acho que a profissão está na berlinda e, enquanto a gente não quer conversar de verdade sobre como podemos ajudar os corretores a massificar o seguro, que é o que as seguradoras realmente desejam, as seguradoras poderão massificar por conta própria.
O casamento que não dá certo é aquele em que o casal não conversa longamente na cama antes de dormir. A mulher diz para o marido que ele não lavou a louça ou que ele deixou as roupas largadas. Ali na cama é a hora de trocar confidências e reclamações. Casamento sem conversa e sem cama nunca dará certo! E nossa profissão tem muita coisa positiva, mas não conversa! Vivemos como casais que se suportam, mas talvez não se amem. Vivemos como se aquele que é o nosso cônjuge seja um simples estranho em nossa relação. É por isso que não temos mais que 5% de 100% num casamento. E ainda têm que pagar pensão? O Imposto Sindical para quem não quer pagar é uma pensão! Portanto, se é casamento tem que conversar, manter a união saudável e feliz.
Óbvio que eu sei que as seguradoras só querem ficar com a chave do cofre nas mãos. O corretor é um profissional muito em conta para isso, mas nem todos pensam assim.
Finalmente, quero aqui incentivar o corretor a continuar pagando o Imposto Sindical, pois isso é necessário para manter a representação em todos os níveis, mas sem uma mudança radical da política e reuniões de trabalho e de demonstração da atividade, sinceramente, oxalá esteja eu errado, não vejo avanços sem uma imposição sobre a vontade, que significará o Imposto Sindical Obrigatório!
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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