CNseg propõe uso de experiência brasileira para fortalecimento de mercado de seguros na América Latina
Ações sugeridas pela Confederação estão divididas em três pilares: Inovação, Riscos Climáticos e Cyber
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) segue ativa em sua proposta de liderar discussões sobre o avanço do mercado segurador na América Latina. No último dia 18, Ana Paula de Almeida, diretora de Sustentabilidade e Relações de Consumo da CNseg, apresentou projetos do mercado segurador brasileiro durante Reunião Planejamento da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides), em Lima, no Peru.
O evento FIDES 2023 realizado no Brasil contribuiu para estimular as equipes da federação no protagonismo de discussões relevantes para o fortalecimento do setor de seguros na América Latina. Ana Paula comenta que a Fides está focada em criar iniciativas diretas em questões mais voltadas para agregar valor às associadas.
“O evento Fides no Brasil foi um divisor de águas para todos pela grande abrangência internacional e representatividade que teve, engajando autoridades e stakeholders e evidenciando a todos os envolvidos o quanto podemos efetivamente contribuir para o fortalecimento e inovação do mercado de seguros para a América Latina”, destacou. A próxima edição do tradicional evento será na Costa Rica, em 2025.
A executiva conta que as ações foram divididas nos pilares Inovação, Riscos Climáticos e Cyber e, se aprovadas pelo board da Federação, serão desenvolvidos e implementados na região no triênio 2024/2026. “Levamos em consideração a missão da Fides, que é promover o desenvolvimento do mercado segurador, apoiando, divulgando e promovendo os grandes benefícios que o setor pode trazer às economias e às pessoas dos países membros que representa”.
Em Riscos Climáticos, um dos maiores desafios enfrentados pelas seguradoras nacionais, a CNseg apresentou duas ações. A primeira consiste na criação de um hub latino-americano que contenha informação sobre as perdas seguradas derivadas dos fenômenos climáticos; a outra está baseada na difusão do Seguro Social contra Catástrofes, projeto liderado pela entidade no Brasil e que já está em análise pelo Governo Federal. O objetivo é mapear os produtos existentes, analisar como a região de atuação da Federação Interamericana está se preparando para os riscos climáticos, além de apresentar às associações de seguros um projeto de desenvolvimento que proteja os moradores de localidades de riscos na ocorrência de desastres naturais.
No pilar de Inovação, a CNseg apresentou a proposta do Grupo de Trabalho GlobalCap para a Internacionalização dos produtos de Capitalização, modalidade de seguro de baixo custo existente apenas no Brasil, para os 20 países membros da Fides.
O último projeto apresentado, que integra o pilar Cyber, sugere a criação de um hub latino-americano que contenha informação relacionada à cibersegurança. A ideia é que, com essa ação, seja possível mapear e quantificar os ataques cibernéticos sofridos pelo setor segurador nas regiões de atuação da Fides, explica a executiva.
As propostas apresentadas pela CNseg estão em avaliação pela Fides e, se aprovadas, transformarão a América Latina, Espanha e Estados Unidos em referência no desenvolvimento de soluções de seguros com foco no consumidor e na mitigação de riscos.
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