Sistema da CNseg identificou e reportou 228 incidentes cibernéticos nos últimos 12 meses

A agilidade na notificação das vulnerabilidades permitiu que as organizações tomassem ações preventivas, como o isolamento de sistemas em risco ou a aplicação imediata de correções. Do total dos reports emitidos via CIC, 35% foram relacionados a vírus e fragilidades de sistema, sendo: 13 sobre Malwares, software malicioso; 30 relacionados ao Ransomware, malware de sequestro de dados e uma das ameaças mais destrutivas; e 37 referentes a Vulnerabilidades 0-day, falhas de segurança que atingem programas de computador. Os outros 65%, ou 148 alertas, foram incidentes que as seguradoras associadas visualizaram perante o cenário mundial e puderam antecipar possíveis riscos para o negócio.

O CIC foi lançado em julho do ano passado e permite que as seguradoras cumpram as regras da Circular Susep Nº638, que exige o reporte de incidentes cibernéticos por parte das empresas. O CIC funciona através da curadoria da CNseg, que monitora, valida os incidentes e compartilha as informações com as empresas que adquiriram o serviço.

"Sem tal sistema, as organizações estariam frequentemente em uma postura reativa, enfrentando consequências severas de compromissos de segurança", diz em nota a gerente de Operações e Produtos da CNseg, Juliana Cardim.

O diretor de Serviços às Associadas, André Vasco, afirma que a centralização dos incidentes dá agilidade às empresas, e dispensa a criação de serviços de comunicação entre elas. “Além de dar celeridade para as seguradoras protegerem seus dados e evitarem danos aos seus negócios e aos seus clientes, o CIC estabelece uma redução de custos operacionais diante da necessidade de cumprir a legislação.”

Soluções Tecnológicas para o Mercado

A área de Soluções Tecnológicas para o Mercado da CNseg tem outros 28 serviços que ajudam a prevenir e combater fraudes, além de reduzir os custos das empresas. Nos últimos 12 meses, a entidade investiu R$ 10 milhões em infraestrutura e segurança da informação, alta de 40% em relação aos 12 meses anteriores. As soluções oferecidas utilizam dados públicos e dados proprietários das associadas e estão em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

"Quadruplicamos nossos investimentos em tecnologia, a fim de oferecer mais disponibilidade e performance nos 29 produtos que ofertamos ao mercado atualmente com objetivo de acompanhar as iniciativas dentro das seguradoras associadas", diz Vasco. Estudo da CNseg divulgado em agosto aponta que as empresas do setor realizam 75% de seus processos digitalmente. Foram consultadas 47 seguradoras, que representam 86% do mercado de seguros brasileiro.

O produto mais recente, lançado em abril, é voltado a informações sobre a frota de automóveis segurada no Brasil e permite saber quantos veículos de determinada marca e modelo foram emplacados, roubados, furtados e recuperados em cada cidade. Segundo Vasco, o principal objetivo das plataformas é prevenir e combater fraudes.

Dentre os produtos ofertados, destacam-se: as soluções que fornecem dados construtivos de veículos utilizados e confirmação da classe de bônus entre as seguradoras, utilizadas em produtos com foco em seguros veiculares, e, também, as soluções que oferecem confirmação de dados cadastrais de pessoas e empresas, utilizadas principalmente em seguros de vida e planos de saúde.

Até o fim do ano, a CNseg deve lançar um produto voltado ao ramo de vida, com informações sobre o acúmulo de riscos no segmento de pessoas. A ideia é reduzir as ameaças de fraude. "Esse é apenas o começo de uma estratégia desenhada para integrar, cada vez mais, a tecnologia às nossas soluções, na mesma proporção que o mercado segurador evolui nesse sentido", diz Vasco.

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