Especialistas da Omint reforçam que diagnóstico precoce pode ajudar na cura do câncer de mama

“A probabilidade de cura para o câncer de mama está fundamentalmente relacionada ao período do diagnóstico. Quando detectado precocemente, as chances ficam acima de 95%”, afirma Jonathan. Para isso, é necessário que as mulheres tenham acompanhamento ginecológico constante, pois o ideal é que o câncer seja encontrado na paciente, no modo assintomático, por meio de exames de rastreamento.

A fim de conscientizar as mulheres em relação ao autocuidado e pela procura de acompanhamento médico, todo ano, celebra-se o Outubro Rosa. Fernanda Deutsch Plotzky, ginecologista da Célula Mater, clínica credenciada da Omint, esta campanha tem, como objetivo, elucidar que, quanto mais cedo detectar o tumor, maiores serão as chances de sobrevida e qualidade de vida da paciente. “As mulheres são divididas em dois grupos: as de baixo e as de alto risco. Para o grupo de baixo risco, o rastreamento deve começar aos 40 anos com mamografia, podendo ser complementada com outros exames, e deve ser feita anualmente.”, comentou Fernanda.

Mulheres que têm familiares de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama devem se atentar ao rastreamento, que deve ser iniciado 10 anos antes da idade do familiar que recebeu o diagnóstico. “Se o familiar com câncer de mama for homem, isso já classifica a pessoa no grupo de alto risco. Por ser muito raro, indica que há uma história genética que requer mais estudos.”, explicou Fernanda.

Sobre sintomas e o autoexame

O câncer de mama não dói e costuma ser uma doença silenciosa, de forma geral. “Nas fases iniciais, esse tipo de câncer não demonstra muitos sintomas e a dor não é habitual, a não ser em casos mais raros e quando há comprometimento neural.”, comentou Fernanda.

No entanto, alguns sintomas podem ser mais aparentes, se a doença já estiver avançada ou se tem um tipo mais agressivo. Os principais sinais são mama avermelhada, com aspecto de casca de laranja e com nódulos detectáveis ao toque.

“O diagnóstico precoce vai definir tanto a evolução quanto o tratamento que será aplicado”, afirmou Jonathan. O mastologista explica que por este motivo o autoexame não é o mais indicado como forma de detecção. “Não é possível substituir os exames de rastreamento pelo autoexame. Ele é importante, mas como uma forma de autoconhecimento e não de substituição aos exames periódicos.”, enfatizou o especialista.

Estilo de vida e hábitos saudáveis

O câncer de mama está relacionado com situações que, normalmente, estão fora do controle pessoal, como a genética. No entanto, ter hábitos saudáveis também podem contribuir para a prevenção da doença. De acordo com o Inca, reduzir o risco e promover fatores de “prevenção primária”, como manter o peso corporal saudável; ser fisicamente ativa; evitar o consumo de bebida alcoólica; e para quem tem filhos, amamentar o maior tempo possível, é fundamental.

“Hábitos saudáveis são relevantes tanto para câncer de mama quanto para outros que atingem a população feminina, como o de endométrio, por exemplo”, reforçou a ginecologista. Diante disso e por meio da vivência clínica, Fernanda relatou que a história do câncer de mama vem mudando muito nos últimos anos: “Antigamente, o câncer era uma sentença de morte. Hoje em dia, pode ser uma história completamente diferente, sobretudo quando há o diagnóstico precoce. Em grande parte, este tipo de câncer é curável.”.