Tendências Para o Futuro do Trabalho

Antes, os colaboradores enxergavam o trabalho como prioridade e possuíam como principal objetivo de vida o sucesso profissional acima de tudo, já hoje podemos perceber que há outros aspectos da vida que estão sendo mais valorizados, como a saúde mental, o tempo com familiares e amigos e atividades que trazem satisfação pessoal.

Pensando nisso, Samir Iásbeck, fundador da Qranio, uma plataforma LMS/LXP customizável de aprendizagem que utiliza a ludificação para estimular os usuários a se envolverem com conteúdos educacionais a todo momento, e da eMiolo.com, uma inovadora software house, listou 6 tendências para o futuro do trabalho. Confira:

Jornadas flexíveis

A principal demanda atualmente é pelo home office e por uma rotina de trabalho mais flexível, que permite equilibrar melhor a vida profissional e pessoal. De acordo com dados da 24ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH 24), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, 38% dos funcionários buscariam por novas oportunidades caso não conseguissem atuar remotamente.

“Ainda que haja um movimento por parte das empresas de retomar as atividades presenciais, vemos que as equipes não querem abrir mão da qualidade de vida trazida pelo home office. Por isso, essa “briga” ainda deve continuar e o desafio das lideranças é entender como alinhar as demandas por flexibilidade sem perder produtividade, os resultados e o engajamento”, analisa Samir.

Inteligência artificial e automação

As tecnologias de inteligência artificial, como ChatGPT e Bard, estão transformando as rotinas e a lógica dos negócios. Segundo economistas da Goldman Sachs, até 300 milhões de empregos podem ser automatizados de alguma forma pela IA no mundo todo. O CEO da Qranio comenta que essa tendência de automatização de diversas tarefas repetitivas vai se intensificar ainda mais, além de exigir que os profissionais adquiram novas habilidades para trabalhar em colaboração com as máquinas.

Reskilling

O reskilling tem relação direta com a tendência citada anteriormente: como a inteligência artificial possibilita que diversas tarefas sejam automatizadas, muitos colaboradores precisam ser realocados para outras funções que demandem mais criatividade e gerem mais valor para as empresas e consumidores. Segundo levantamento do Grupo Adecco realizado com mais de 34 mil trabalhadores com idade entre 18 e 60 anos, de 25 países diferentes, incluindo o Brasil, 70% dos respondentes disseram que gostariam que seus empregadores atuais providenciassem mais treinamentos e re/upskilling que permitissem reposicionar colaboradores internos para novos cargos antes de contratar outros profissionais.

“Nesse sentido, o reskilling passa a ser uma necessidade tanto das companhias quanto das equipes, e é essencial para manter o desenvolvimento dos negócios”, reitera o executivo.

Lifelong learning

As mudanças rápidas no mercado de trabalho estão tornando o aprendizado contínuo uma necessidade. Para Samir, os profissionais precisam se adaptar constantemente, adquirindo novas habilidades e conhecimentos para conseguir acompanhar as transformações que o ambiente corporativo exige nos dias de hoje.

Gamificação

A aplicação de dinâmicas, mecânicas e lógicas de jogos em contextos diferentes, visando melhorar o envolvimento e a motivação, já é e será cada vez mais uma tendência nos treinamentos corporativos. De acordo com levantamento da Qranio, 89% dos funcionários se sentiriam mais engajados em treinamentos se houvessem elementos de games envolvidos. “Essa estratégia é muito positiva por incentivar a participação ativa e o alcance de metas, ao mesmo tempo transformando a aprendizagem e o trabalho em experiências mais divertidas, leves e atrativas”, conta Iásbeck.

Resultados e Accountability

Em meio às inovações e flexibilidades no mundo corporativo, a entrega de resultados e o cumprimento de metas permanecem essenciais. Segundo estudos da McKinsey & Company e da Harvard Business Review, empresas de alto desempenho combinam práticas modernas de trabalho com uma cultura sólida de desempenho e responsabilidade. Mesmo com as adaptações ao novo ambiente de trabalho, o compromisso com resultados concretos é primordial. Assim, as organizações devem equilibrar bem-estar e desenvolvimento com metas claras, garantindo sustentabilidade e crescimento a longo prazo.