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Governança e Inovação, os Aliados Contra a Disruptura

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Ana Isabella Cascione
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* Por Guilherme Massa

"Queremos ser disruptivos. Inovação está no DNA da empresa". O marketing das grandes empresas adora essas frases prontas. Mas será que isso tudo é verdade quando falamos da visão de futuro das companhias? A resposta vem quando analisamos a fundo a governança corporativa.

Essa expressão, tão em alta hoje por conta da agenda ESG (sim, o G ali é de Governança), é muitas vezes entendida como mitigação de riscos de negócio ou simplificada ao compliance, focado em evitar danos ao caixa e à reputação da companhia. Porém, ela é fundamental também quando falamos de perenizar os negócios, transformá-los em empresas resilientes e invencíveis, como diz o professor Alexander Osterwalder, através da prática da inovação.

Um relatório da consultoria BCG de 2023 apontou que as empresas mais inovadoras do mundo não só vão aumentar seus investimentos nessa frente, como também têm feito apostas consistentemente ao longo dos últimos anos em inovação. Isso se dá tanto por manterem uma forte visão de transformação do mercado quanto por terem criado uma governança que protege a empresa de focar apenas no curto prazo, colocando sempre o farol alto para mantê-las relevantes por anos, não trimestres.

Do outro lado, é notório que muitas empresas, menos inovadoras, apenas seguem o bonde por não compreenderem a fundo o tema da inovação. Este vira apenas um tempero novo no discurso para o mercado, mas sem sustentação quando a maré não está boa, ameaçando assim as iniciativas mais transformacionais. Para piorar, os incentivos financeiros dados a altos executivos são quase sempre mais imediatistas, colocando em xeque a sobrevivência no longo prazo das companhias. Noutras palavras, se uma empresa realmente é inovadora, ela cria uma governança robusta que defende que isso será um valor, custe o que custar, e isso poderá ser visto no orçamento para projetos, na forma de premiar talentos e no dia a dia de execução - isto é, na cultura.

Um exemplo é como a Apple, tida como uma das empresas mais inovadoras no mundo por décadas, não tem receio de ter gastado USD 27 bilhões em 2022 com pesquisa e desenvolvimento para lançar sua nova geração de telefones, o iPhone 15. Além de melhorias incrementais no produto (como as câmeras aprimoradas), a companhia projeta que seus aparelhos possam se tornar verdadeiros consoles ao rodar games antes só possíveis em equipamentos bem mais robustos. É a gigante de tecnologia seguindo a tendência da Microsoft e outros players de entrar no imenso mercado de jogos eletrônicos como futuro da empresa, uma aposta arriscada (ou arrojada?) que somente uma boa governança aliada à inovação conseguem sustentar.

Infelizmente, ainda estamos vivendo efeitos de uma retração econômica global e o cenário mais comum é vermos um desinvestimento em projetos de mais longo prazo. Se grandes empresas não aprenderem, através de seus conselhos administrativos e consultivos, a defender a agenda de inovação que perenize seus negócios, será cada vez mais rotineiro casos de grandes marcas virando pó porque foram engolidas pela disruptura, justamente aquela que estava no DNA e que acabou sendo um veneno bebido aos poucos.

*Guilherme Massa é co-fundador da Liga Ventures, maior rede de inovação da América Latina com o propósito de gerar resultados e impacto, conectando as melhores startups às empresas e a todo ecossistema empreendedor


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