O brasileiro ainda não entendeu o Open Finance
Por Ticiana Amorim, CEO da Aarin*
Desde que o Open Finance teve início no Brasil, em 2021, existe um esforço grande do Banco Central e de todo o setor para que o ecossistema chegue mais perto do consumidor e dos próprios players do mercado financeiro. Mas a verdade é que ainda falta um bom trecho do caminho a percorrer para que isso aconteça. As pessoas ainda não entenderam bem o que é o Open Finance, o que ele representa para o sistema bancário brasileiro e como aproveitar suas vantagens.
O Open Finance possibilita que dados e histórico financeiro de um cliente sejam compartilhados com outras instituições financeiras, mesmo que a pessoa não seja cliente delas. A plataforma simplifica o acesso aos serviços bancários, possibilitando que os usuários recebam ofertas de diferentes instituições.
Até aí, tudo bem. Mas a questão é que, às vezes, os consumidores pensam de uma maneira e agem de outra. Frequentemente, isso ocorre porque eles não compreendem a linguagem técnica e comercial – que, na verdade, nunca nem deveria ter chegado ao público. Portanto, é justificável a falta de empatia. O termo ‘Open Finance’ já é um exemplo perfeito disso. As pessoas não têm ideia do que ele significa e frequentemente assumem que não pode ser bom, já que um banco deve ser seguro e não ‘aberto’.
Uma das razões para que isso aconteça é que o Brasil tem um longo histórico de golpes e fraudes. Por isso, quando se fala em compartilhar dados, a primeira coisa que vem à mente do consumidor é que ele sairá lesado.
O pior é que não é só o consumidor que tem um ‘pé atrás’ com a solução. Segundo estudo realizado pelo Google Cloud em parceria com a R/GA, 25% das instituições financeiras analisadas ainda não oferecem Open Finance aos clientes e 40% delas disponibilizam apenas um serviço.
O fato é que a aceitação do público depende do entendimento dos benefícios que o ecossistema pode gerar. Por isso, quanto mais clareza na comunicação, quanto mais o tema for explicado de forma simplificada, mais ele tende a crescer. Os benefícios da utilização do open banking são inúmeros e a tendência é que eles tragam cada vez mais ganhos para a economia brasileira como um todo.
É claro que muitas vitórias foram conquistadas ao longo dos pouco mais de dois anos de existência, mas o ecossistema tem potencial para ganhar muito mais adeptos. No Brasil, já são 5 milhões de contas conectadas em um intervalo de tempo cinco vezes menor do que conseguiu o Reino Unido, segundo estudo realizado com mais de 400 especialistas de 23 países e checagem de dados de instituições como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).
As vantagens do Open Banking são evidentes, por fatores como o nível da segurança, rapidez e atendimento à medida do cliente. Nos resta trabalhar para que ele continue a se consolidar nos próximos anos, com os novos produtos que estão previstos para serem incluídos. O brasileiro gosta de modernidade e sabe aproveitar as vantagens do nosso sistema bancário, que é um dos mais desenvolvidos do mundo. O Open Banking só precisa atingir de forma mais certeira as estratégias de finanças da população. A partir daí, ele deve decolar ainda mais.
Ticiana Amorim é CEO da Aarin, tech-fin especializada em Pix e Open Finance, que faz parte do grupo Bradesco
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