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Após prejuízos, planos de saúde mostram recuperação

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  /Cqcs/Manuella Cavalcanti
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Após o mercado de planos de saúde ter um prejuízo de mais de R$ 10 bilhões no ano passado e desencadear uma pressão em todo o ecossistema de saúde, as operadoras começaram a mostrar certa recuperação no segundo trimestre. Há uma expectativa de que este período tenha sido o começo de uma melhora para o setor devido ao reajuste acima de 20% aplicado nos últimos meses. Estas informações são do Valor Econômico.

Em paralelo a isso, hospitais e laboratórios de medicina diagnóstica listados continuam apresentando crescimento apesar de não terem mais demanda reprimida de procedimentos não realizados durante a pandemia. É importante ponderar que o tíquete médio por paciente dos grupos hospitalares com capital aberto caiu entre o primeiro e o segundo trimestre. Ao consumidor, a pressão tende a aumentar, com planos de saúde mais caros e redes de atendimento mais limitadas.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na semana passada, baixou uma nova regra limitando alterações de hospitais da rede credenciada dos convênios médicos diante dos constantes ˜downgrades˜.

“O reajuste de Hapvida e SulAmérica veio acima das nossas projeções. O desempenho delas foi melhor do que dos prestadores de serviço de saúde. Na Rede D’Or, Mater Dei, Dasa e Kora, o tíquete por paciente caiu. O questionamento é se as fontes pagadoras estão pressionando os hospitais.”, ressaltou Vinicius Figueiredo, analista do Itaú BBA. A redução também pode ter sido proveniente da realização de procedimentos médicos de menor custo entre os meses de abril e junho.

Rafael Barros, analista chefe da área de saúde da XP, destaca que, embora o ecossistema de saúde tenha se recuperado, ainda há obstáculos para o desenvolvimento de uma performance ainda melhor: “O segundo trimestre foi uma indicação positiva. Mas ainda é um começo, há muitos desafios e é uma jornada longa. Os reajustes são aplicados ao longo do ano, conforme o aniversário de cada contrato.”.

Trabalhando com a base da pirâmide, a Hapvida informou que aplicou um reajuste médio de 16% no convênio médico corporativo. A SulAmérica, por sua vez, voltada aos segmentos intermediário e premium, apresentou um aumento de, em média, 23,4% na mensalidade do seguro saúde empresarial e a alta, nas pequenas e médias empresas (PME), ficou em 20,4%. Raquel Reis, presidente da SulAmérica, comentou, durante a teleconferência para analistas e investidores na semana passada, sobre o panorama geral. “Neste ano, o mercado está mais racional, com poucas exceções, as operadoras estão aplicando os reajustes e precificando o produto adequadamente.”.

Os especialistas também consideram que a frequência de uso dos convênios médicos deve se manter alta. Considerando a sequência do primeiro para o segundo trimestre, as operadoras viram as taxas de sinistralidade caírem. Na SulAmérica, esta taxa caiu 2,5 pontos percentuais e, na Hapvida, o crescimento foi de 1,6 ponto percentual, sendo que, em anos anteriores, a expansão entre os trimestres costumava ser de dois a três pontos.

Uma das principais dúvidas e incertezas do setor de seguros é em que patamar a taxa de sinistralidade se manterá. No segundo trimestre do ano, o indicador ficou por volta dos 87%, dois pontos percentuais abaixo de um ano antes. De acordo com os especialistas, há grande expectativa acerca da frequência de que o uso do convênio médico continue em patamares altos devido ao envelhecimento da população e aumento de problemas de saúde mental. É importante ressaltar que, embora continue elevado, o patamar do uso de convênio médico não vai ser na mesma proporção de 2022, ano em que o indicador bateu recorde.

“Há ainda a entrada de quase 4 milhões de pessoas no sistema, desde 2020. São pessoas que não tinham planos de saúde e por isso elas usam mais. Outro ponto são as sequelas da covid que ainda não sabemos ao certo os seus reais impactos”, comentou Luis Fernando Joaquim, sócio líder da área de saúde da Deloitte.

Os prestadores de serviços médicos como Rede D’Or, Mater Dei, Dasa, Kora, Oncoclínicas, Fleury e Alliança (ex-Alliar) viram sua receita crescer dois dígitos no segundo trimestre.

Além dos reajustes elevados, o usuário dos planos de saúde também assiste a um “downgrade” com maior co-participação, demora no prazo de autorização para procedimentos médicos bem como limitação da rede credenciada. Diante disso, diversas operadoras começaram a trocar laboratórios e hospitais e retirar alguns atendimentos que estavam credenciados. O principal é o pronto socorro. Este movimento fez a ANS proibir essa prática, além de permitir migração à outra operadora sem carência e obrigar o envio de comunicado de forma individual para os usuários afetados.

Em um cenário que o nível do uso de planos de saúde não deve mais retornar ao mesmo patamar do pré-pandemia, a tendência é de convênios médicos com rede credenciada, restrita bem como modelada conforme o perfil dos usuários. Bruno Porto, sócio da PwC, destacou que este é o caminho para as pessoas terem maior acesso ao plano de saúde: “Se continuar com o patamar de reajuste, o plano de saúde não será mais acessível.”.

O novo presidente da Qualicorp, Mauricio Lopes, comentou, na semana passado, que está desenhando, em conjunto com as operadoras, novos formatos de planos de saúde por adesão, com rede mais restrita e um custo mais acessível ao usuário. Devido ao reajuste, que ficou acima de 20%, a companhia perdeu cerca de 109 mil clientes no segundo trimestre.

Além disso, a fim de reduzir as fraudes que dispararam nos últimos anos e já representam 14% da taxa de sinistralidade, as operadoras montaram uma grande estrutura: com equipes de auditores, médicos, advogados e passaram a usar a tecnologia. O percentual é quase igual aos gastos que uma operadora tem com um pronto, que representam 17%.


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