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Setor de Saúde Suplementar demanda a criação de uma agenda de reformas que inclua transparência e proporcione mais competitividade

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Ernesto Guedes - Diretor executivo e Sócio-fundador da Tendências Consultoria. - Divulgação Tendências Consultoria Ernesto Guedes - Diretor executivo e Sócio-fundador da Tendências Consultoria. - Divulgação Tendências Consultoria

Em 2015, um estudo da Tendências Consultoria apontava a necessidade de mudanças no setor para minimizar problemas como o custo crescente da saúde privada

As reclamações sobre os planos de saúde mais do que dobraram no Brasil desde que a ANS (Agência Nacional de Saúde) criou o IGR (Índice Geral de Reclamação), em 2018, com o objetivo de medir a satisfação dos serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde aos seus clientes. No ano de lançamento, o índice alcançou 15,5, mas, no primeiro trimestre deste ano, chegou a 43,3. O valor indica o número de reclamações no período para cada grupo de 100 mil beneficiários.

Os problemas no setor de saúde suplementar não são novidade. Em 2015, um estudo da Tendências Consultoria já antecipava um cenário desafiador – afinal, de um lado estão as empresas, que oferecem planos aos seus colaboradores enfrentando enormes aumentos de preços e, de outro, as operadoras, que lidam com déficits crescentes. Com isso, não se obtém um equilíbrio da equação econômica do setor, que é essencial para o acesso das famílias a serviços médicos privados.

Uma das causas desse desequilíbrio é o custo crescente da saúde, decorrente do envelhecimento da população e do uso de procedimentos mais sofisticados a cada ano, o que torna a intermediação dos planos de saúde fundamental para auxiliar no planejamento financeiro das famílias. “Além disso, as incertezas ligadas à crescente ‘judicialização’ da saúde contribuem para as distorções desse mercado. Transparência, alinhamento de incentivos e estímulo à competição são elementos-chave para melhorar o funcionamento do setor e garantir serviços de qualidade para a população”, explica Eric Brasil, diretor de planejamento e sócio da Tendências Consultoria.

O estudo apontava também que a atuação do poder público era uma das fontes de desequilíbrio. “Devido à importância desse mercado, o governo passou a regulá-lo de modo mais restritivo com a ampliação das coberturas, o que resultou, por exemplo, na quase extinção da oferta de planos individuais”, afirma Eric Brasil.

À época do lançamento do estudo, a proposta da consultoria para tentar minimizar os problemas do setor era a criação de uma agenda de reformas, com atuação em três frentes principais: (i) ampliar a transparência do mercado, com a adoção de prontuário eletrônico dos pacientes, rankings de hospitais e monitoramento da remuneração de médicos por fornecedores de medicamentos e dispositivos médicos em geral; (ii) implantar políticas capazes de alinhar os incentivos dos diversos agentes que compõem esse mercado, com ajustes nos modelos de remuneração das instituições e dos profissionais da área médica e eventual adoção de cobrança de franquia dos beneficiários dos planos, medidas essenciais para reduzir custos mediante o controle de algumas das fontes de desperdícios de recursos; e (iii) dar suporte à competição no setor, permitindo a entrada de novos ofertantes e facilitando a troca de planos.

Após oito anos, no entanto, o que se vê é que pouco foi feito, resultando no agravamento da crise. “Algumas das medidas tomadas foram na direção oposta ao preconizado. Por exemplo, em setembro de 2022 foi publicada a Lei 14.454, que ampliou a cobertura obrigatória dos planos de saúde, exigindo que eles arquem com o custo de procedimentos ou tratamentos que não constam na lista de referência básica da ANS”, comenta Ernesto Guedes, diretor executivo e sócio fundador da Tendências Consultoria.

Para este ano, o cenário é ainda mais preocupante, com a insolvência de planos de saúde trazendo graves consequências. “Instituições são diretamente afetadas, com risco de demissões e queda na geração de renda e arrecadação. Ainda mais grave, o encolhimento do setor pode reduzir o acesso da população a serviços privados de saúde, gerando uma pressão maior sobre o sistema público”, acrescenta Ernesto Guedes.

A Tendências Consultoria é referência em soluções em economia e finanças corporativas, atuando com uma equipe multidisciplinar comprometida em auxiliar clientes de diversos setores a entender questões econômicas e a navegar pelas especificidades dos mais variados temas, identificando riscos e oportunidades para negócios e investimentos futuros.

Para mais informações sobre o estudo realizado em 2015, acesse: https://www.iess.org.br/biblioteca/tds-e-estudos/estudos-especiais-externos/estudo-economico-sobre-os-desafios-do-setor-de

Sobre a Tendências Consultoria

Há mais de 25 anos a Tendências Consultoria contribui com soluções para os mais diversos desafios de seus mais de 1.500 clientes e parceiros, transmitindo credibilidade e segurança a partir de estudos, análises, laudos e diversos outros trabalhos, realizados com excelência por uma equipe multidisciplinar formada por mais de 80 profissionais de diversas expertises. Fazem parte de seu quadro de sócios os economistas Gustavo Loyola (ex-presidente do Banco Central) e Maílson da Nóbrega (ex-ministro da Fazenda).

A Tendências é reconhecida pela objetividade, clareza, reputação e independência de seus trabalhos. Ao longo de sua trajetória, foram entregues mais de 2.000 projetos personalizados, todos produzidos com neutralidade e alto rigor técnico.

É a única consultoria da América Latina entre as 23 líderes mundiais da Global Competition Review (GCR), e é reconhecida pelo Leaders League como “leading firm” na categoria “Best Litigation Support: Economics” desde 2018. Também é Top 5 do Banco Central e destaque no Prisma Fiscal do Ministério da Economia, rankings que avaliam o grau de acurácia em projeções de mercado.


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