Redes sociais tem maioria de internautas que já compram por lá!

Pelo menos é isso que a pesquisa Comscore aponta ao constatar que os brasileiros permanecem nas redes sociais mais tempo do que em outras frentes da web. As redes de maior popularidade e seus respectivos alcances são YouTube (96,4%), Facebook (85,1%) e Instagram (81,4%), com TikTok, Kwai e Twitter aparecendo na sequência.

O Brasil é o terceiro país onde as pessoas estão conectadas e interagindo nas redes sociais, perdendo para Índia e Indonésia. O volume de pessoas levantado por outra pesquisa, a “Tendências de Social Media 2023”, é de 131,5 milhões de usuários conectados, ultrapassando 356 bilhões de minutos equivalentes a 46 horas de conexão por usuário a cada mês

Para Ediney Giordani, CdO da KAKOI Comunicação, ter presença nas redes sociais é vital, mas ter estratégia para aproveitar este tempo gasto pelas pessoas que navegam nas mais diferentes redes sociais pode definir o futuro:

“O relatório mundial “The Influencer Marketing Factory” mostrou que 57% dos entrevistados já fizeram alguma compra no mesmo instante em que assistiam uma live via rede social, o que demonstra uma evolução na forma como o público consome em transmissões de algum conteúdo.”

Giordani explica que o mais importante é entender a métrica de comportamento em cada rede social. Usuários de Facebook e Instagram, por exemplo, demonstram estar estar mais interessados com viagens, portanto faz sentido uma empresa desse segmento investirem mais nestas redes:

“As redes sociais podem convergir em temas, como nas viagens, mas também mostrar assuntos diferentes entre si. Se viajar é um assunto em comum, no Face muitos seguidores mostram interesse em

telecomunicações, enquanto no Insta, o tema saúde e qualidade de vida tem mais procura. O TikTok divide o interesse por telecomunicações com o Facebook, mas tem aderência com games. Cada rede tem comportamentos que se cruzam e outros mais únicos. Basta saber onde postar conteúdos.”

Vendas e crescimento das redes sociais

O levantamento mostrou ainda que, entre janeiro e dezembro de 2022, o crescimento em conjunto de Facebook, Twitter e Instagram somaram 15,6 bilhões de ações, representando 17% de crescimento no comparativo com o ano anterior. O fato das pessoas compartilharem menos não afetou o volume de vendas, que é um comportamento individual:

“As pessoas estão comprando mais online desde a pandemia, e com tanta gente nas redes sociais é normal que estas vendas aconteçam neste ambiente independente se há ou não compartilhamento. As vendas acontecem quando há uma campanha de anúncios planejada que chega em quem vai comprar” .

Influenciadores com tudo

Outro fator que impacta nas vendas é incluir no planejamento influenciadores digitais. O próprio estudo da Comscore mostrou que conteúdos promovidos em ações com influenciadores digitais geram muito engajamento refletido nas vendas:

A força dos influenciadores está no comportamento do público nas redes, cada vez mais exigente e seletivo com o que consome. Muitos não se prendem aos produtos ou organizações, mas sim aos seus influenciadores preferidos:

“Quando uma pessoa é 100% adepta de um sapato marca A, dificilmente vai mudar a sua compra. Agora, se esta mesma pessoa tem mais confiança em um influenciador do que em um produto, as chances de uma campanha de engajamento ou mesmo comercial com estas pessoas funcionarem são altas. O foco de quem está na rede social é a satisfação” finaliza Giordani.