A inteligência artificial vai construir a reputação da sua marca
* Luís de Magalhães
A inteligência artificial entrou definitivamente no hype. Furando a bolha do LinkedIn, o assunto já é debatido em lugares menos mercadológicos, como escolas, almoços em família e mesas de bar. Com esse avanço tão rápido, é inevitável que as marcas comecem a olhar para essa tecnologia de uma maneira mais estratégica, pensando em como ela pode ser útil para sua reputação.
Cada vez mais o mercado está entendendo o quanto o poder reputacional das empresas influenciam em vendas, credibilidade e fidelização de clientes. De acordo com um estudo realizado pela Ad Age, 71% dos executivos de marketing estão preocupados em gerenciar a reputação de suas marcas. Entretanto, a pesquisa revela que 67% dos entrevistados acham difícil identificar profissionais com experiência em gerenciamento de reputação.
Neste cenário, entra a queridinha do momento: a inteligência artificial. A IA pode ajudar a identificar tendências e padrões em grandes quantidades de dados, permitindo que as empresas analisem e monitorem as conversas e os sentimentos do público em relação à sua marca em tempo real.
Além disso, a tecnologia pode ajudar as marcas a antecipar problemas potenciais e crises de reputação, permitindo que elas tomem medidas preventivas para evitar danos significativos. Por exemplo, o monitoramento das redes sociais em busca de comentários negativos ou menções de problemas com produtos ou serviços da marca pode ser feito de maneira automatizada, permitindo que a empresa responda rapidamente e aborde a situação antes que ela se torne uma crise.
A IA também pode ajudar as marcas a personalizar e melhorar a experiência do cliente. Com base em dados de comportamento do consumidor, podem ser fornecidas recomendações personalizadas para os clientes, melhorando a satisfação dos usuários e, consequentemente, a reputação da marca.
No entanto, é importante lembrar que a IA é apenas uma ferramenta e não pode substituir o papel humano no gerenciamento da reputação de uma marca. Ela leva até a página 2 de uma gestão de reputação. As outras páginas precisam, definitivamente, de profissionais capacitados e experientes em reputação corporativa. No entanto, é indispensável que esses profissionais dominem a tecnologia cada vez mais para, não somente otimização de tempo, mas prevenção e planejamento estratégico.
Assim, o mercado de comunicação e marketing chega talvez no momento de mudança mais crucial desde a popularização das redes sociais. Cabe aos profissionais deste segmento entenderem como melhor capitalizarem a tecnologia.
* Luís de Magalhães é sócio e head de PR da MOTIM. Com mais de 10 anos de mercado, já trabalhou na reputação de grandes marcas como Samsung e Citroën no Brasil e na América Latina.
Na aceleradora é responsável por criar estratégias de reputação para empresas de inovação e tecnologia que estão revolucionando o mercado, como NotCo, Glorify e Freeletics.
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