Tutu Digital e Sellers Funding: conheça as Fintechs que escalaram em 2020 nos EUA e no Brasil

Na contramão da crise provocada pela pandemia do COVID-19, o e-commerce foi um dos segmentos que mais cresceu em 2020. Dentro desse contexto, o Brasil obteve uma posição de destaque. Segundo dados da 42ª edição do Webshoppers , estudo sobre comércio on-line elaborado semestralmente pela Ebit | Nielsen em parceria com a Elo, o setor cresceu cerca de 47% este ano, somando R﹩38,8 bilhões a mais em comparação com o primeiro semestre de 2019.

E esse crescimento teve um reflexo direto no ecossistema brasileiro de Fintechs. Números divulgados pelo Distrito Fintech Report, levantamento realizado pela Distrito, empresa aberta de inovação, mostram que de 2019 para 2020, o setor cresceu 34% no Brasil. Apenas nos nove primeiros meses de 2020, a área atraiu US﹩ 939 milhões em aportes e, nos últimos cinco anos, US﹩ 2,4 bilhões foram investidos no segmento.

Alan Soares, sócio fundador da TuTu Digital , Fintech criada em 2017 para atender a demanda de Micro e Pequenas empresas em busca de crédito, observou que mesmo com a pandemia e algumas empresas sendo impactadas durante este período, foi possível manter um controle maior na recuperação de crédito e inadimplência. "Este ano com toda certeza foi atípico para o mercado de crédito, principalmente para o público em que atuamos, que foi um dos mais impactados. Mas isso fez com que tivéssemos uma validação de que a nossa análise de crédito tem sido bem realizada", complementa.

Soares comenta que o modelo de negócio da TuTu Digital foi o que fez toda a diferença nos resultados da empresa. "No modelo que atuamos de P2P Lending, conectamos empresas diretamente a investidores Pessoa física ou Jurídica, assim conseguimos equilibrar a balança e ter taxas justas para os dois lados. Tem sido um sucesso, principalmente com investidores que desejam diversificar seu portfólio de investimentos. Assim, mesmo se alguma empresa deixar de pagar ou ficar inadimplente, as outras compensam o seu retorno. Hoje é possível investir em nossa plataforma a partir de 250 reais por empresa", explica.

E-commerce nos EUA e a pandemia

E o Brasil não foi o único país que viu o seu comércio on-line crescer devido a pandemia. O e-commerce faturou, entre março e junho, US﹩ 77 bilhões a mais do que o esperado nos Estados Unidos. Só no mês de junho, o gasto com compras no digital foi de US﹩ 73,2 bilhões, aumento de 76,2% na comparação com números do mesmo período em 2019. Os dados são do relatório Digital Economy Index (DEI) da Adobe. O estudo observou ainda que os índices de compra no âmbito eletrônico estão, até mesmo, maiores que os registrados nos períodos das festas (novembro e dezembro) do ano passado.

Ricardo Peró, Co-founder e CEO da SellersFunding, empresa fundada em 2017 que oferece soluções de capital de giro para empresas que atuam no comércio digital dos EUA, viu a sua empresa triplicar de tamanho em menos de dois anos. "Nossa empresa vem crescendo significativamente desde 2018. Em 2020 vamos passar a marca de 10.000 usuários cadastrados e no próximo ano pretendemos ultrapassar mais de U﹩ 500M de volume transacionado na nossa plataforma", comenta.

Peró conta ainda que o crescimento do e-commerce em 2020 foi benéfico para a SellersFunding, que deve fechar o ano entregando um crescimento 40% superior ao esperado. O empresário comemora o resultado e fala em planos de crescimento. "Estamos lançando uma série de novos produtos nos EUA e Reino Unido com ênfase em soluções de pagamentos, vamos anunciar em breve uma parceira com uma instituição financeira Alemã que possibilitará nossa expansão na Europa a partir da Alemanha. Além disso iremos lançar nossa plataforma na Austrália com foco nos Amazon Sellers", finaliza.

Gestão, Planejamento e Dinamismo: valores essenciais para o sucesso em grandes crises

O papel das Fintechs nos mercados globais vem sendo crucial ao longo dos anos por diversos fatores, entre eles o de poder atender ao percentual de desbancarizados em diversos países e a viabilização do acesso ao crédito. E foi justamente nessa questão de crédito que o setor de Fintechs sobressaiu-se durante a Pandemia, sendo inclusive utilizadas como um dos principais canais de reativação da economia global. "Tanto TuTu Digital quanto SellersFunding, duas empresas que atuam em segmentos similares, porém em países diferentes, viabilizam o acesso ao crédito para empresas pequenas e medias, certamente as mais afetadas durante o COVID-19, revertendo um pouco o impacto altamente negativo que a pandemia trouxe para esse perfil de empresas", explica Marcelo Carrullo, sócio da Drummond Ventures , braço de investimentos do Grupo Drummond e investidora nas duas empresas.

Histórias como as desses dois empreendedores, que atuam em países que sofreram grandes modificações durante a pandemia, mas que foram impulsionados pelo ritmo do comércio eletrônico, mostram que ter um bom planejamento é essencial para dar segurança a empresa e ao mercado.

"O Alan, na Tutu, e o Peró, na Sellers, possuem algo em comum: a capacidade de gestão e de planejamento, características fundamentais que permitiram alcançar os resultados que estão apresentando em um ano de crise como 2020", afirma Carrullo. "O impacto positivo de ambas as empresas, e de tantas outras Fintechs, nos mercados brasileiro e americano, é notável, e os resultados são muito claros, gerando menor burocracia e uma relação mais dinâmica entre empresas, empreendedores e usuários", finaliza.

Sobre a SellersFunding

Fundada em meados de 2017 com o objetivo de oferecer soluções de capital de giro com foco em eCommerce nos EUA, criou um modelo próprio de análise de risco que leva em consideração exclusivamente métricas de vendas online. Atualmente a empresa oferece serviços consolidando a análise performance e crédito com base vendas na Amazon, Walmart, eBay, Shopify e Magento. Além disso, oferece soluções de carteira digital e oferta de crédito nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Europa.

Sobre a TuTu Digital

A Tutu Digital foi fundada em 2017 para atender a demanda de Micro e Pequenas empresas que atualmente não possuem acesso a crédito no mercado ou para aquelas que possuem, mas são mal precificadas. Atuando no modelo de P2P Lending, conecta empresas diretamente a investidores Pessoa Física ou Jurídica, tendo esse modelo de negócio como seu grande diferencial.

Sobre a Drummond Ventures

A Drummond Ventures é o braço de investimentos do Grupo Drummond e atua como uma venture builder americana para empresas do Brasil e dos EUA. Possui tese de investimento focada em empresas que buscam capital empreendedor para viabilizar seus processos de internacionalização. Possui escritórios localizados em Boston, Nova York, Orlando, Miami, São Paulo e Belo Horizonte e conduz todo o processo de captação de recursos de forma customizada de acordo com as necessidades específicas de cada empresa, com foco em seed, growth e venture capital.