Confiança da Construção avança em julho impulsionada pela retomada das obras
O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, avançou em julho 6,6 pontos, alcançando 83,7 pontos. Após quatro meses em queda, o índice volta a apresentar crescimento em médias móveis trimestrais, de 70,0 para 76,3 pontos.
"A atividade da construção deu outro passo em direção à recuperação ao nível pré-pandemia. A confiança cresceu impulsionada pela retomada das obras e por expectativas mais otimistas em relação à demanda. A percepção em relação ao momento corrente já retornou ao patamar de 2019. No entanto vale a ressalva que naquele período as empresas apenas começavam a recuperar as perdas registradas no ciclo de forte retração entre 2014 e 2018. De todo modo, as expectativas têm avançado e o número de empresas apontando crescimento da demanda dos próximos meses já superou o de empresas assinalando queda", avaliou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, está disponível para comentar os resultados pelo telefone: (11) 99972-7078 ou pelo Skype: amcastelo2 .
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Neste mês, o avanço do ICST decorre de melhor avaliação dos empresários sobre a situação atual e principalmente pela diminuição do pessimismo em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 8,5 pontos, para 91,7 pontos, recuperando aproximadamente 72% das perdas observadas entre janeiro (104,2 pontos, maior valor do ano) e abril (59,9 pontos, menor valor do ano). Os indicadores de demanda prevista e tendência dos negócios avançaram 9,0 pontos e 7,9 pontos, para 92,1 pontos e 91,4 pontos, respectivamente.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST) aumentou 4,5 pontos, para 76,0 pontos, ficando 0,9 ponto acima de julho de 2019 (75,1 pontos). Pelo segundo mês consecutivo, a alta de 6,2 pontos do indicador de situação atual dos negócios, para 77,2 pontos, mais contribuiu para a melhora do ISA-CST. O indicador de carteira de contratos recuperou 2,8 pontos para 74,9 pontos, mas ainda se mantém abaixo do nível pré pandemia.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) subiu 1,9 ponto percentuais (p.p.), para 69,9%. A maior contribuição veio novamente do NUCI de Mão de Obra, que avançou 2,0 p.p., para 71,4%. Já o NUCI de Máquinas e Equipamentos ficou praticamente estável, variando de 61,4% para 61,9%.
ISA por segmento
O Indicador de Situação Atual (ISA) das empresas da construção alcançou em julho 87,7% do patamar de fevereiro, mês anterior ao início do isolamento social determinado pela Covid. A percepção de melhora não tem sido uniforme entre os segmentos setoriais. Preparação de Terrenos e Edificações Residenciais vêm mostrando recuperação mais rápida e já estão próximos do patamar pré-Covid, mas ainda em patamares baixos em termos históricos. Com o fim do isolamento social, o mercado imobiliário mostra uma recuperação relativamente rápida, avaliou Ana Castelo.
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