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Influenciadores digitais podem fazer a diferença no combate às fake news sobre o coronavírus, afirma especialista

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Pedro Marinho Neto aponta 7 passos para a responsabilidade social e combate às fake news na internet

Temos visto devido à pandemia do novo coronavírus o rápido crescimento nao apenas do número de infectados mas também da disseminação de notícias falsas na internet sobre o covid-19, que colocam em risco a saúde da população ao informar inverdades sobre a prevenção, combate e até mesmo a respeito de dados da evolução da epidemia.

O Ministério da Saúde, a FIOCRUZ e diversos outros órgãos governamentais ligados à saude precisaram publicar em suas páginas oficiais notas desmentindo diversas informações falsas, dado o volume de fake news sobre o coronavírus circulante na internet. Contudo, o problema não se restringe apenas a falsificar notícias sobre o covid-19, mas atinge a diversos outros pontos importantes para a sociedade.

O especialista em redes sociais e digital influencer Pedro Marinho Neto revela que em meio a tanta desinformação, os influenciadores podem fazer a diferença para ajudar no combate às fake news propagadas na internet: “Normalmente, o objetivo de uma fake news é criar uma polêmica em torno de uma situação ou pessoa, contribuindo para denegrir a sua imagem. Por ter um teor extremamente dramático, apelativo e polêmico, as fake news costumam atrair muita atenção das massas, principalmente quando estas estão desprovidas de senso crítico. É ai que entra o papel do influenciador digital, na conscientização das pessoas, aproveitando seu papel de destaque nas redes sociais e o alcance de suas publicações e incentivando as pessoas a checar os fatos antes de compartilhar em grupos.”

Como identificar noticias falsas e combatê-las?

Para as autoridades, identificar e punir os autores de boatos na rede é uma tarefa muito difícil. No caso do Brasil, a legislação que prevê punição para esse tipo de crime não fala sobre internet, cita apenas rádio e televisão. Pedro Marinho fala da dificuldade para a maioria das pessoas de distinguir o que é fake do que é real, dado o nível de sofisticação de alguns falsários: “Alguns sites de fake news usam endereços e layouts parecidos com os de grandes portais de notícias, induzindo o internauta a pensar que são páginas de credibilidade. Por isso, todo cuidado é pouco na internet.”

No que diz respeito ao combate às fake news, o especialista é enfático: “A maneira mais efetiva de diminuir os impactos das fake news é cada cidadão fazer sua parte, compartilhando apenas aquilo que tem certeza de que é verdade. O ideal é duvidar sempre e procurar informações em outros veículos, especialmente nos conhecidos como grande mídia. No Brasil, existem agências especializadas em checar a veracidade de notícias suspeitas e de boatos, as chamadas fact-checking. Alguns grandes portais de notícias também criaram setores para checagem de informações.”

7 passos para a Responsabilidade social no combate às fake news

Pedro Marinho Neto enumera sete passos que são atitudes que devem ser tomadas como medida de responsabilidade social e para combater a disseminação de notícias falsas na internet:

1- Seja consciente. Notícias falsas se espalham porque as pessoas naturalmente querem compartilhar informações com suas redes sociais.

2- Antes de compartilhar um link, sempre reserve um tempo para revisá-lo – muitas vezes esse link será semelhante ao site real, mas com pequenas diferenças.

3- Veja se a pessoa que escreveu o artigo ou publicação realmente tem propriedade para falar daquilo ou até se a pessoa realmente existe.

4- Verifique se a notícia não possui tom alarmante. Normalmente, quem cria essas páginas quer que você realmente acesse e compartilhe, então serão utilizados termos de indução psicológica, com tom de urgência como “Atenção!” ou “Cuidado!”. Uma forma de atiçar a nossa curiosidade para clicar em links falsos é através de mensagens com tom de urgência, por exemplo: “Atenção! Político X é preso em São Paulo!”

5- Verifique a data da publicação. Nem todas as manchetes são necessariamente falsas. Algumas notícias do passado podem funcionar como fake news por descontextualizar um fato que aconteceu há anos e que pode já ter mudado.

6- Compartilhe com responsabilidade. Por mais que isso possa parecer um pouco chato, você é um influenciador dentro de sua própria rede social. Isso não significa que você não vai mais poder compartilhar as coisas, calma!

7- Eleve seu pensamento crítico um nível acima. Saia do lugar comum. Publique ou compartilhe histórias que você sabe que são verdadeiras, de fontes que você sabe que são responsáveis.


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