ABOL completa oito anos em meio a cenário que enaltece os Operadores Logísticos
Associação, que conta com 29 membros, está à frente de setor estratégico para todas as cadeias de suprimento, produção e distribuição, tendo se consolidado como essencial no desafio de garantir o abastecimento durante a pandemia do COVID-19.
Durante o período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus no Brasil e no mundo os Operadores Logísticos ganharam ainda mais protagonismo, sendo responsáveis por evitar o desabastecimento de praticamente todas as cadeias de suprimentos, produtivas e de distribuição, mesmo com novas modalidades de consumo, que exigiram flexibilidade, agilidade e capacidade de adaptação de todo o mercado.
"O Operador Logístico provou a força da sua expertise e gestão durante a pandemia, pois coube a ele analisar a melhor combinação de estratégias logísticas para garantir o abastecimento. O Operador Logístico tem a flexibilidade e a percepção ampla da situação como essência de seu trabalho, o que lhe permite planejar detalhadamente a operação e executá-la com eficiência, eficácia a baixo custo", explica o diretor presidente e CEO da ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos, Cesar Meireles .
Tendo a atividade em alta demanda por conta do cenário atual, Meireles destaca que o momento é oportuno para que o setor pleiteie as mudanças necessárias para o desempenho da categoria. "Desde a nossa fundação trabalhamos por mais segurança jurídica para os Operadores Logísticos. Ao longo desses oito anos, publicamos estudos que provam a magnitude do setor e o seu impacto econômico. Desenvolvemos também um estudo que, dentre muitos outros aspectos, trouxessem o reconhecimento da nossa indústria, como um integrador de atividades logísticas de largo espectro", explica Meireles .
Desde a sua criação, em 17 de julho de 2012, a ABOL, uma sociedade civil sem fins lucrativos, definiu por objetivo formalizar, reconhecer, regulamentar e consolidar a figura do Operador Logístico no Brasil. No mês em que completa oito anos de atividade, a entidade soma um histórico de êxitos e de intenso fomento à atividade no País. Hoje, a entidade conta hoje com 29 empresas associadas, atuantes em todos os segmentos econômicos.
"A associação nasceu da iniciativa de 16 abnegados empresários, com o objetivo de criar uma entidade que viesse a representar, estruturar e regulamentar um setor ainda muito jovem, sem ter, até então, um marco referencial que lhe caracterizasse", conta o presidente do Conselho Deliberativo da ABOL, e também presidente da DHL Supply Chain, uma das fundadoras, Mauricio Barros. "Era um trabalho pioneiro, uma ação greenfield, dado nunca termos tido no Brasil uma caracterização sobre Operadores Logísticos stricto sensu".
Hoje, o mercado tem mais claro a percepção acerca da função do Operador Logístico como uma organização que opera na cadeia ampla da logística de valor, desde a primeira até a última milha; atuando no transporte de carga seja em qualquer modal, na armazenagem em qualquer condição física e regime fiscal e na gestão de estoque para todos das cadeias de suprimento, produtivas e de distribuição.
Entretanto, nos momentos que antecederam a criação da ABOL, a dificuldade, segundo Meireles, era o enquadramento do Operador Logístico em uma classificação fiscal, tributária, previdenciária, trabalhista e sindical, uma vez que o Operador Logístico é um integrador de atividades logísticas. "Não demorou para constatarmos a inexistência de uma Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) única, que agregasse todas as atividades em uma só", conta.
Os fundadores da ABOL optaram, então por contratar em 2014 um estudo que definiria Operador Logístico no Brasil, entre outras pautas. A responsabilidade da missão foi dividida pelo consórcio formado entre a KPMG Consulting Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e a Fundação Dom Cabral (FDC). "Nascia, então, a taxionomia do Operador Logístico, fundamentada em bases acadêmicas cotejada com dezesseis outros países", diz Meireles .
Deste estudo resultou uma minuta de Projeto de Lei (PL) que viria a definir o Operador Logístico, suas atividades, espectro de atuação e responsabilidades, tendo ainda o condão de modernizar o decreto no. 1.102 da armazenagem geral, de 1903. No mês de aniversário da ABOL, a entidade foi presenteada pelo protocolo do PL de autoria do deputado federal Hugo Leal, do PSD/RJ, que, de imediato, abraçou o projeto, por entender que se tratava de um instrumento efetivo de atração de investimentos e geração de emprego e renda. "Sob o número 3757/2020, o PL ´dispõe sobre a atividade de operação logística, sobre a emissão de títulos por empresas de armazéns gerais e dá outras providências´, trará, aos Operadores Logísticos, sua definição, reconhecimento, atualizando uma das mais relevantes atividades para o país que é a armazenagem geral, trazendo-a para a era digital, aportando ao setor, em consequência, maior segurança jurídica, condição indispensável para a atração de novos investimentos".
Momento propício para mudanças
Durante o período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus no Brasil e no mundo, os Operadores Logísticos ganharam ainda mais protagonismo, sendo responsáveis por evitar o desabastecimento de praticamente todas as cadeias de suprimentos, produtivas e de distribuição, sobretudo com novos hábitos de consumo, que exigiram mais flexibilidade, agilidade e capacidade de adaptação de todo o mercado. "O Operador Logístico, pela sua própria característica e amplitude de atuação, sendo um integrador de todos os elos da cadeia logística de valor, pode atender, de imediato, com a melhor combinação de fatores e estratégias logísticas o abastecimento em toda a extensão territorial do país", explica Meireles .
Tendo a atividade em alta demanda por conta do cenário atual, Meireles destaca que o momento é oportuno para que o setor pleiteie as mudanças necessárias para o desempenho da categoria. "Desde a nossa fundação trabalhamos por mais segurança jurídica para os Operadores Logísticos, propiciando maior competitividade, visando a redução de custos e maior eficiência em toda a cadeia operacional. Os estudos realizados nesses anos de atuação da ABOL, podem comprovar magnitude do setor e o seu impacto na economia.", explica Meireles .
Estudo do setor
Com o intuito de atualizar o estudo bianual sobre o perfil dos Operadores Logísticos no País e contribuir para a melhor contextualização, definição e caracterização do setor, a ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos e a Fundação Dom Cabral (FDC) promovem a segunda edição de estudo exclusivo que vem se tornando fundamental para o planejamento estratégico da atividade no Brasil.
Na primeira versão, divulgada em dezembro de 2018, o levantamento apontou que o mercado logístico nacional era composto por aproximadamente 269 empresas, com ROB anual de R$ 81,4 bilhões, o que representa um faturamento médio de R$ 302,6 milhões por empresa, indicando ainda que, em termos de mão de obra, o setor empregava, até então, praticamente 1,4 milhão de brasileiros, tanto de forma direta (CLT e Terceirizados) quanto de forma indireta (cadeias periféricas), demonstrando a extrema relevância socioeconômica do segmento para o País. Outro fator interessante trazido pelo estudo à época foi a questão da carga tributária que envolvia o setor, mantendo-se bastante elevada, conquanto são arrecadados, anualmente, cerca de R$ 23,1 bilhões em tributos, impostos, contribuições e encargos trabalhistas", afirma Meireles .
A atualização do Perfil dos Operadores Logísticos no Brasil, edição de 2020, entregue durante este mês de aniversário, dá conta de um setor ainda mais robusto e resiliente, dado que, mesmo diante das crises adversas, e da pandemia, cresceu em relação ao estudo anterior.
Na edição de 2020, a Receita Operacional Bruta chega a R$100,8 bilhões anuais, vindas de cerca de 275 empresas, com faturamento médio de R$366 bilhões, por empresa. No que concerne à geração de emprego e renda, o setor registra engajamento de 529.384 pessoas de forma direta e indireta, oferecendo 1.011,123 empregos indiretos nas cadeias periféricas. Quando a análise é a arrecadação, o setor registra R$17,7 bilhões em tributos e impostos arrecadados e R$11,5 bilhões em encargos recolhidos.
No âmbito do estudo realizado pela FDC, é mister destacar a importância e o peso da ABOL no setor. Juntas, as 29 empresas associadas, representam 19,4% do total em receita operacional bruta, representando um faturamento médio, por empresa, de R$611 milhões por ano.
O estudo tem ainda como propósito realizar um mapeamento ainda mais preciso deste mercado, além de investigar os principais desafios e entraves do setor para o pleno exercício das funções e operações, tanto diante de questões estruturais que remetem a estratégias ligadas a inovações tecnológicas disruptivas, ao comércio eletrônico (e-commerce), dentre outras questões como àquelas relacionadas à infraestrutura logística, bem como àquelas conjunturais referenciadas na pandemia.
Próximos desafios
De acordo com o diretor-presidente da ABOL, ainda que a entidade some vitórias importantes, têm hercúleos desafio pela frente, como a tramitação célere do PL nº 3757/2020, a constante atualização de dados estratégicos, a promoção de estudos de benchmarking do setor, de boas práticas, de identificação de inovações tecnológicas, de Compliance, mantendo-se sempre atualizados do campo normativo e regulatório do setor. "Está também no radar da nossa associação a incansável busca por desburocratização e racionalização dos processos fiscais, tributários, previdenciários, trabalhistas e sindicais do setor".
"Temos muito a comemorar. Muitos órgãos intervenientes, anuentes e reguladores já reconhecem a atividade dos Operadores Logísticos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Secretaria Estadual da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros, já inseriram a taxionomia do Operador Logísticos em suas normativas, portarias e regramentos, o que nos dá particular satisfação por estarmos cumprindo nossa agenda e o compromisso assumido com nossos associados e setor em geral", avalia Meireles .
O diretor presidente da ABOL ressalta que uma somatória de fatores deve estar conjugada para que o país reencontre alguma celeridade no seu desenvolvimento. "Planejamento de longo prazo e investimentos em infraestrutura logística deveriam ser prioridades na política de estado do Brasil. Investimos menos de 0,7% em infraestrutura de transportes e logística, montante que não fazem jus à real necessidade que temos de desenvolvimento e modernização. Experimentamos tempos de incessante transformação, que alteraram estruturalmente a maneira com que a produção, a distribuição e o consumo ocorrerão e ainda estamos lidando com entraves burocráticos e com o mal da descontinuidade que minam brutalmente nossa eficiência", analisa Meireles .
Sobre a ABOL
A ABOL - Associação Brasileira dos Operadores Logísticos, sociedade civil sem fins lucrativos, tem o objetivo de reconhecer, regulamentar e consolidar a atividade do Operador Logístico no Brasil. Criada em 17 de julho de 2012, é hoje responsável por reunir as principais empresas e players do setor para fortalecer a imagem institucional do Operador Logístico em todas as esferas de atuação, como "pessoa jurídica capacitada a prestar, através de um ou mais contratos, por meios próprios e/ou por intermédio de terceiros, os serviços de transporte (em qualquer modal), armazenagem (em qualquer condição física ou regime fiscal) e gestão de estoque (utilizando sistemas e tecnologias adequadas)".
A ABOL elabora projetos e estudos em vários cenários, resgatando o histórico do setor, analisando o contexto presente e as tendências do futuro. Atualmente, a associação é composta por 29 Operadores Logísticos, entre empresas nacionais e estrangeiras, que atuam nas mais diversas cadeias produtivas, abrangendo atividades de transportes, coleta, transferência, milk run, movimentação de carga, armazenagem, gestão de estoque, expedição, e distribuição de cargas em todo o território nacional.
Em largo espectro, o Operador Logístico atende toda a cadeia de suprimento e distribuição, desde a primeira a última milha, com o conceito de one-stop-shopping, ou seja, oferecendo todas as soluções na cadeia logística de valor. A associação promove e estimula o amplo conhecimento para a cadeia de Logística e Supply Chain por meio de eventos, roadshows, diálogo com stakeholders públicos e privados, entre diversas outras atividades.
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