Coronavírus e a logística de entrega no Brasil: como evitar uma crise?
por Fabrício Santos*
O Covid-19 nasceu no país mais populoso do mundo, a China, e sua transmissão se alastrou a outros continentes em um curto período. A doença é considerada uma pandemia e o Brasil está entre as regiões com casos de coronavírus confirmados, o que traz consequências sem precedentes à sociedade. Por seu contágio ocorrer através das vias respiratórias, muitas empresas resolveram cessar ou transferir as atividades ao home office durante o período de quarentena.
A decisão acarretou uma interferência significativa nos produtos de importação e exportação no mundo todo, sobretudo porque a China é um dos maiores parceiros comerciais do mundo. Mas, como o coronavírus impacta diretamente na logística brasileira? Com a ausência da exportação, a produção brasileira, principalmente de produtos perecíveis agrícolas, como a soja, não é escoada, sendo necessário buscar novos parceiros ou direcionar para o consumo interno do País.
Do ponto de vista interno, estamos vivendo um momento ímpar devido ao novo coronavírus. Além de medidas básicas de higiene, o principal cuidado para erradicar o vírus é o isolamento social. Deve-se evitar aglomerações, inclusive no ambiente dos centros de distribuição, e a operação logística de toda a cadeia de abastecimento está sendo exigida como nunca. Houve aumento da demanda de itens específicos, como álcool gel, luvas e máscaras, além de itens da cesta básica. Isso esgota os estoques de toda a cadeia, fazendo com que a indústria tenha que aumentar sua produção.
O aumento do consumo da população nos supermercados e farmácias reflete diretamente na demanda do atacado distribuidor e você sabe o que isso significa, não é mesmo? Crises como essa intensificam a importância de um bom controle de estoque, que precisa estar abastecido. Portanto, seu time deve estar afiado na separação e montagem das cargas e sua entrega tem que ser precisa para não faltar itens nas prateleiras.
É aí que entra o sistema de gestão de armazém, que possibilita reduzir, em média, 50% das pessoas dentro do depósito para sustentar a sua operação. O que é muito benéfico na situação atual, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta evitar aglomerações. E não para por aí! Com um software de gestão, você reduz 40% do tempo na separação de mercadorias.
A cadeia de abastecimento é um setor que não pode parar diante deste cenário caótico, especialmente no que tange à distribuição de itens de primeira necessidade, como alimentação e higiene, pois pode se tornar uma operação de guerra! Então, além da armazenagem, outro ponto crítico é a gestão de entregas.
O giro de mercadorias mudou diante do cenário de confinamento da população, o que ocasiona -- erroneamente -- compras além da necessidade, temendo o desabastecimento. O supermercadista vai comprar mais do atacado para se abastecer e atender a demanda do consumidor, impactando na logística de distribuição, pois agora serão necessários mais caminhões de abastecimento. O problema ocorre porque muitos desses caminhões não estão completamente carregados, o que gera gastos extras ao distribuidor. Aqui, mais uma vez, a tecnologia apoia este gargalo.
A saída é usar uma solução de montagens de rotas com auxílio de mapas e geração de trajetos otimizados. Com essas ferramentas é possível realizar uma previsão de custo e distância, além de selecionar o veículo mais apropriado. O intuito é que o distribuidor não sofra o impacto de aumento de custo logístico e o cliente não seja impactado com o desabastecimento.
E por fim, mas não menos importante, é a atuação do distribuidor diretamente no PDV por meio do trabalho do promotor, que pode identificar rupturas de produtos e gerar pedidos rapidamente através de plataformas de trade marketing. A união dos promotores com a logística de entrega promove agilidade para minimizar os riscos de desabastecimento e evitar que a cadeia seja quebrada.
A conscientização da importância da logística brasileira diante da crise promovida pelo Coronavírus visa não só trazer uma gestão eficaz à cadeia de distribuição, mas sim garantir que a união das forças possa minimizar os impactos negativos para a população. Juntos, somos mais fortes!
*Fabrício Santos é especialista em Logística da MáximaTech, desenvolvedora de soluções para força de vendas, e-commerce, trade marketing e logística para a cadeia de abastecimento.
Sobre o Grupo Máxima
A holding Grupo Máxima foi criada em 2018 após uma sequência de aquisições realizadas no mercado para atender de ponta a ponta os processos que envolvem a cadeia de abastecimento.
Entre as empresas que passaram a fazer parte do conglomerado estão a Tecnomix e a OnNet System, que tiveram seus produtos incorporados à operação MáximaTech, líder em soluções de força de vendas, trade marketing e logística de entrega para o mercado atacado distribuidor e passou a incluir soluções para a indústria.
Integram-se também ao Grupo a LifeApps, responsável pela oferta de e-commerce B2B e B2C; e a Onblox incorporada para aumentar a capacidade de atendimento das demandas logísticas.
A estratégia para a criação da holding é tornar o Grupo um hub de tecnologia, conectando soluções para ampliar a capacidade de atendimento ao segmento de acordo com a sua evolução.
Atualmente, o Grupo Máxima conta com mais de 80 mil usuários e mais de 1300 clientes em todo o território nacional.
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