Negócio de verdade gera transação ou transformação?
Não é sobre técnicas, táticas, estratégia, manhas ou artimanhas para ter tudo que se espera numa negociação.
É sobre a importância de zelar por resultados coerentes e consistentes, que sejam capazes de nos auxiliarem num salto triplo na vida e nos negócios. Vou escrever sobre a nossa mais importante negociação, mas para chegar lá, convido você para refletir e fazer um exercício, então se estiver no meio do corre corre, reserve esse artigo e retorne no momento oportuno, caso contrário, vamos em frente...
Vale salientar que poderemos ao final aplicar isso em qualquer negociação, desde a mais simples até a mais complexa, pois chegar a acordos convenientes, costuma ser uma tarefa árdua, imagine então em acordos convergentes.
Vamos...enfrente!
Um exemplo é definir o local do almoço de domingo. Vamos levar em conta que os negociadores são você, o cônjuge e os filhos e as opções seriam:
A) Casa da sua mãe (que você está com saudade, mas ninguém quer ir alem de você)
B) Casa da sogra (que os amigos de seus filhos moram na mesma rua e gostam de brincar)
C) O restaurante (que o cônjuge estava querendo muito conhecer, afinal vocês não têm saído muito para lugares diferentes)
Diante desses dados, o que você faria nessa negociação e por que? Reflita, escreva num papel e reserve.
Um outro exemplo: negociar a venda de um produto ou serviço que tem bons diferenciais com uma outra empresa que se interessa por eles. Vamos levar em conta que os negociadores são você, o comprador e algumas pessoas que não aparecem diretamente na negociação e as opções seriam:
A) Não dar descontos pois a margem esta calculada com maestria (mas você vive um momento delicado e precisa de manter o fluxo de caixa que esta ameaçado)
B) Ceder no desconto e prazo proposto pelo comprador (a empresa que pretende comprar declara como argumento possíveis novos negócios no futuros)
C) Propor uma nova negociação (algo que fique entre o desconto ou o prazo, quiça, um meio a meio para cada um ceder um pouco de um lado ou de outro)
Diante desses dados, o que você faria nessa negociação e por que? Reflita, escreva num papel e reserve.
Tenho vivido, percebido e estudado as negociações humanas de um modo geral e vejo o quanto as pessoas disputam para chegar a seus objetivos, mas não é sobre o esforço e sim sobre o resultado que devo destacar, pois noto claramente que de alguma forma, uma das partes não está saindo como desejava na expectativa inicial, existe sim a falta de alguma coisa.
Na busca por essa compreensão, percebi que estamos negociando sempre para conseguir o que queremos, sem falsas modéstias e com a maturidade necessária que o assunto requer, afirmo que somente os nossos interesses são válidos, estou falando diretamente de uma segunda intenção, não declarada, seja lá qual for o motivo.
Revela-se então o óbvio, que um dos maiores obstáculos nas negociações para zelarem por resultados coerentes e consistentes não são os outros, adversários, negociadores ou mercado e sim, nós mesmos.
Por trás de nossas ações, reações e estratégias sutilmente está o nosso modelo mental de escassez, que sustenta o medo fundamental, mas para não termos dúvidas, o nome que vou usar para isso é: a mentalidade de ganha-perde.
A manifestação dessa mentalidade se dá a partir de uma orientação subconsciente de uma busca condicionada pela pergunta “o que eu ganho com isso?”.
Essa pergunta que traduz bem o significado de uma transação, conduz a pensamentos baseados em pressupostos, que se desdobram em um turbilhão de sentimentos falsos, pois em verdade eles não existem e como consequência, comportamentos vão se desdobrando numa reação em cadeia de forma infinita.
Esse estado criado pelo modelo mental, passa a sofrer um efeito rebote tão forte que se cristaliza na verdade relativa de eque o mundo é dos vencedores, que no pódio só tem um lugar, e que só uma das partes deve sair realmente ganhando.
O resultado disso são negociações doentias que transformam-se em anomalias nas empresas e os sintomas são diversos, como por exemplo, negociações que duram meses e anos, descontos que começam de 0,0001% e vão até ao campo do prejuízo ou da margem zero justificada por um discurso, que se avaliado, sociopata.
Prazos que elevam os custos indiretos e reduzem as margens pela necessidade de capital de giro que se modifica saindo do estado autossuficiência e muitos outros detectados somente por especialistas analíticos que não sabem fazer nada de diferente e criativo além das inúmeras formas de achar os números ou generalistas que não sabem o que fazer se não a tão valiosa filosofia.
Confesso que isso, no meu ponto de vista, não é nada comparado a tristeza que sinto mesmo ao ver pessoas, em seu papel de negociadores, acreditarem que é assim mesmo no mercado e que não conseguem perceber as promessas e revanches nos ringues de negociações que eles mesmos sustentam e acabam por manter a insanidade, desenvolvendo as mais diversas e por sua vez, baixas e sujas, estratégias de ser o vencedor a qualquer custo.
Não vou entrar nas consequências desse ciclo, mas deixo para você imaginar isso a partir de duas palavras-chaves: pessoas e crianças.
Dessa forma não adiantará reforma fiscal, estratégias bélicas e grandiosas e muito menos soluções cosméticas e nada estéticas por um certo "personagem dos quadrinhos chamado professor pardal" que é agora considerado o empreendedor modelo.
Os modismos não resolvem, só fazem por tensionar ou atenuar o problema, mas que de uma certa forma o torna impossível de resolução, e o resultado sempre será o sonho inalcançável do mercado sustentável, rentável e maduro.
Em geral, não conseguimos calar os pensamentos desconfiados e escutar a própria voz da consciência e perceber a chuva de possibilidades que cai sobre nós no rico mercado da vida.
Agimos sem sentir as infinitas possibilidades na sutil área de conexão do ganha-ganha que é reduzida a fatores simplesmente tangíveis, por não saber lidarmos com o intangível, como o elemento inesperado de uma nova era de negócios que chegou.
É saber valer a pena a cada verso do poema das negociações e não cair na tentação de chegar ao falso topo do mundo, onde nós humanos, deveríamos entender que somos esse topo para a sustentação do mundo.
Deixar atalhos e criar caminhos nos fortalece e nos desenvolve, negociação é sim uma forma de criar morada em nossos corações e construir amigos sinceros em todas as situações.
A consciência no diz que não dá para ter tudo, que não teria graça, mas que graça teremos se continuarmos nesse caminho, se não está no dinheiro e sim no momento, no tempo que nos resta para realmente fazer algo que valha a pena, enquanto estamos aqui.
Negocie com você e faça uma pergunta eliminando a resposta trivial e que essa tenha o poder de modificar o seu modelo mental e a busca direcionada, afinal o que realmente importa na vida e nos negócios é uma boa pergunta de partida.
Afinal, escrevo pois a minha pergunta me revelou que o assunto não é transação e sim transformação, mas deixo aqui outra pergunta: existe transformação sem transação?
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