A bolha da autoridade fake e como o culto à performance online está destruindo a reputação
Especialista em imagem e reputação analisa a cultura da autoridade artificial nas redes e aponta os prejuízos para marcas e profissionais que trocam consistência por visibilidade.
O mercado da influência vive uma crise silenciosa. Em meio a uma avalanche de discursos motivacionais, fórmulas de “autoridade instantânea”, “coachs” e curadorias visuais impecáveis, cresce também o cansaço diante de profissionais, marcas e personalidades que entregam mais imagem do que conteúdo.
Segundo dados da Nielsen (2023), 71% dos consumidores globais confiam mais em pessoas do que em marcas — o que impulsionou o boom de social medias, personal branding e coachs de carreira nas redes sociais. No entanto, essa confiança também é volátil: o mesmo estudo revela que 53% do público se frustra ao perceber discrepâncias entre o discurso e a prática de uma figura pública, o que causa um colapso. Casos famosos e corriqueiros, como o de influenciadores cancelados após escândalos éticos ou promessas vazias mostram que o engajamento alto não é blindagem para a reputação.
É nesse cenário que o relações-públicas Rodrigo Almeida propõe uma análise sobre o que realmente constrói autoridade. “Hoje, qualquer um pode parecer especialista com um bom designer, frases de efeito e vídeos virais. No entanto, autoridade não se mede por views, e sim por coerência, escuta e entrega. Quando a reputação é construída apenas em cima de visibilidade, ela desaba na primeira crise. É por isso que reputação é ativo estratégico — e não efeito colateral de posts nas redes”, explica.
Rodrigo atua desde 2016 com assessoria de imprensa e gestão de reputação por meio da agência CRIATIVOS, com foco em narrativas que envolvem diversidade, identidade e transformação social. É também sócio-diretor da ROTHA4U, responsável por construir ações de impacto com base em relevância e estratégia.
Segundo o relações-públicas, o erro mais comum entre novos profissionais liberais, marcas, artistas, influenciadores e empreendedores é confundir exposição com influência, e influência com autoridade. “É uma cadeia de ilusões onde acredita-se que aparecer muito gera influência e que influenciar muitos gera autoridade”.
A superficialidade da comunicação também tem impactos profundos no ecossistema de negócios. Dados do Edelman Trust Barometer (2024) indicam que 62% das pessoas esperam que líderes empresariais se posicionem com responsabilidade e coerência sobre temas sociais, mas apenas 34% sentem confiança real nessas falas. O resultado é um terreno fértil para crises de imagem, desgaste de reputação e perda de valor de marca — muitas vezes provocados por posicionamentos rasos ou mal alinhados com a identidade da marca/empresa.
A solução, segundo Rodrigo, está na construção de reputação como estratégia de longo prazo. Isso significa trabalhar com intencionalidade, escuta, coerência narrativa e presença pública real, e não apenas com publicações de impacto. “A autoridade legítima não precisa se provar o tempo todo. Ela se sustenta em rede, em tempo, em consistência. O resto é só barulho — e o barulho, mais cedo ou mais tarde, cansa”.
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