IA: O Samba da Inovação e da Responsabilidade
Ignasi Barri Vilardell*
A paixão pela tecnologia que deve ser controlada para garantir eficácia e justiça é como dançar samba, você deve ser apaixonado, mas ter uma técnica precisa para garantir que está dançando corretamente. Esse é o desafio e a oportunidade que a IA apresenta. Não estamos apenas testemunhando uma revolução tecnológica; estamos criando uma era. Dos movimentados distritos financeiros de São Paulo aos campos férteis da Argentina, a IA está transformando tudo. Mas, como qualquer dança poderosa, ela requer equilíbrio e precisão.
Passamos da fase "vamos tentar isso". A IA agora é um parceiro estratégico, não apenas um gadget. Mas com esse poder vem uma questão crucial: como garantimos que esse parceiro seja confiável e ético? Pense nisso como construir confiança que é fundamental para nossa cultura.
A Lei de IA da UE é uma bússola, mas precisamos de nossa própria bússola - uma estrutura regulatória que se ajuste à nossa realidade única. Não podemos nos dar ao luxo de sufocar nossa criatividade com regras excessivas, nem podemos arriscar uma festa sem salvaguardas. Nossa LGPD é um começo, mas é apenas o primeiro verso de uma música mais longa. Precisamos de regulamentações que sejam robustas e ágeis, permitindo que nossos negócios compitam globalmente sem comprometer nossos valores.
A regulamentação excessiva é um fantasma assombrando nossos negócios. Não queremos ficar de mãos atadas enquanto outros correm na frente. Mas ignorar os riscos é como brincar com fogo. Vazamentos de dados, algoritmos tendenciosos e violações de privacidade podem corroer a credibilidade que trabalhamos tanto para construir.
A segurança não é opcional; é uma obrigação. Precisamos construir fortalezas em torno de nossos dados, usando criptografia, controles de acesso e vigilância constante. E com a LGPD, não estamos apenas cumprindo; estamos construindo uma cultura de respeito à privacidade de dados.
Pense na rastreabilidade de dados como o "DNA" da nossa IA. Precisamos saber de onde vêm nossos dados, sua história, para garantir que sejam precisos e imparciais. Caso contrário, corremos o risco de perpetuar desigualdades, transformando nossa IA em um espelho de nossos piores preconceitos. Imagine uma IA negando empréstimos com base em dados preconceituosos — isso não é progresso; isso é um retrocesso.
IA generativa? É como uma caixa de surpresas, pode criar maravilhas, mas também alucinações — aquelas saídas fabricadas que podem levar a erros sérios. Na saúde, finanças ou qualquer setor crítico, esses erros podem ter consequências terríveis. É por isso que a supervisão humana não é negociável. A IA é uma ferramenta poderosa, mas não é um guru. Precisamos testar, auditar e avaliar continuamente.
Nossa força de trabalho precisa entender a IA, não temê-la. Precisamos construir dados e alfabetização em IA em todos os níveis, promovendo a colaboração entre técnicos e todos os outros. Trata-se de capacitar nosso pessoal para usar a IA de forma responsável e eficaz.
ROI? Não se trata apenas de implementar IA; trata-se de torná-la lucrativa. Precisamos de objetivos claros, resultados mensuráveis e foco em fornecer valor real. A IA deve ser um motor que impulsiona nossos negócios.
Olhando para o futuro, a IA é mais do que tecnologia; é uma responsabilidade social. Trata-se de construir um futuro no qual a IA aprimora as capacidades humanas, não as substitui. Precisamos garantir que seja uma força para o bem, construindo confiança e impulsionando mudanças positivas.
O Brasil já é pioneiro na adoção de IA. Tenho conversado com muitas instituições lá e vi como elas estão alavancando plataformas modulares, inovação aberta e parcerias estratégicas para acelerar essa jornada transformacional. Modelos de código aberto (como DeepSeek, entre outros) estão capacitando o ecossistema a inovar em um ritmo mais rápido.
O futuro da IA no Brasil e na América Latina é encontrar o equilíbrio perfeito entre inovação e responsabilidade. Trata-se de construir uma IA que não seja apenas poderosa, mas também ética e sustentável. Ao investir em educação, promover transparência e se comprometer com práticas éticas, podemos garantir que a IA se torne um legado positivo para a região.
Vamos fazer da IA um samba de inovação e responsabilidade, uma dança que celebra nosso potencial e fortalece nosso futuro.
*Ignasi Barri Vilardell é Chefe Global de IA e Dados na GFT Technologies
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