Brasil é “primeiro mundo” em cruzamento de dados e informações pela Receita Federal
Esse cruzamento é utilizado inclusive na declaração do IR, que começou na segunda-feira (17) e vai até 30 de maio
O Brasil tem um sistema muito avançado no que diz respeito ao cruzamento de dados e informações pelos órgãos fiscalizadores fiscais, como a Receita Federal (RF). A afirmação é do contador Luis Fernando Cabral, sócio da Contador do Trader, empresa especializada em contabilidade para investidores. De acordo com o especialista, os mecanismos que o governo dispõe são altamente desenvolvidos e têm como objetivo evitar a sonegação de impostos, apertando o cerco cada vez mais através da utilização da inteligência artificial. Esse cruzamento é utilizado inclusive na declaração do IR, que começou na segunda-feira (17) e vai até 30 de maio.
“O brasileiro tem a leve impressão de que não irá acontecer nada se sonegar imposto, seja em pequenas ou em grandes proporções. Entretanto, a Receita Federal é considerada de primeiro mundo em termos de fiscalização, principalmente relacionada ao Imposto de Renda de Pessoa Física”, afirma Luis Fernando. Por isso é que, conforme o contador, é preciso tomar cuidado na hora da declaração, informando à RF todas as movimentações e operações tributáveis realizadas ao longo do ano anterior, desde a compra de um imóvel até investimentos realizados na Bolsa de Valores ou no exterior. “O Brasil está muito mais avançado que países de primeiro mundo em relação ao cruzamento de informações fiscais.”
De acordo com informações da Receita Federal, a expectativa é que 46,2 milhões de contribuintes entreguem a declaração. Deve declarar quem recebeu mais de R$ 33.704,00 no ano passado, já que a faixa de isenção foi ampliada para contemplar dois salários mínimos, além de quem está obrigado por outras razões, entre elas quem recebeu rendimentos não tributáveis ou tributados na fonte acima de R$ 200 mil; quem obteve receita bruta anual advinda de atividade rural no valor acima de R$ 153.199,50; quem tomou posse ou propriedade de bens ou direitos acima de R$ 800 mil; quem realizou operações na Bolsa de Valores, entre outros investimentos.
Luis Fernando Cabral pontua que é justamente por não perceber que existem muitas maneiras de ser tributado que o contribuinte, por vezes, acaba deixando passar alguma informação despercebida que pode ser identificada pela Receita Federal. “Em grande parte das vezes é por desconhecimento que o contribuinte se esquece de reportar à Receita alguma movimentação ou operação tributável. Daí a necessidade de uma assessoria contábil que esteja atenta a tudo o que precisa ser declarado”, ressalta o contador.
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