Corretora de Seguros ou Central de Assistência 24h? Obrigado, Sincor!
Noite dessas, uma cliente me ligou pedindo um guincho. Seu carro tinha dado pane e, para piorar, chovia muito. A central de assistência informou que, devido à chuva, não poderia enviar o guincho naquele momento e deixou agendado para a manhã seguinte, às 8h.
No dia seguinte, às 8h30, a segurada me ligou novamente. O guincho ainda não tinha chegado. Começava então a saga: liguei para a seguradora, que disse não ter localizado um guincho, pois nenhum prestador havia aceitado o serviço. A segurada, cada vez mais aflita, ligava repetidamente para saber o que fazer. Entrei em contato pelo WhatsApp da seguradora e, para minha surpresa, recebi a mesma justificativa: o guincho atrasaria devido à chuva. Perguntei à atendente se ela podia olhar pela janela, pois, pelo menos na minha região, o dia já estava ensolarado. Deram uma nova previsão de atendimento e, claro, mais enrolação.
O tempo passou, a segurada perdeu um dia de trabalho e nada do guincho. No terceiro dia, a seguradora informou que ainda estava tentando localizar um prestador. A segurada voltou ao local para aguardar e tudo recomeçou. A essa altura, eu já tinha acionado o Sincor, enviando um e-mail no fim da tarde anterior. No dia seguinte, recebi uma ligação do Gerente Técnico do sindicato, que me ouviu e disse que atuaria na situação.
Por volta das 15h, uma moto da seguradora chegou ao local. Não entendi como uma moto poderia rebocar um HB20, mas segui acompanhando. Já não suportava ver minha cliente naquela situação. Sou contra chamar guincho particular por diversos motivos: a segurada já pagou pelo seguro, eu não sou central de assistência, não conheço as empresas de guincho, não sei se o serviço tem seguro, se o motorista tem cadastro, se o reembolso será integral... enfim, o risco é grande!
Mas diante do caos, deixei tudo o que estava fazendo na corretora e resolvi agir. Peguei o telefone, busquei um prestador e contratei o serviço. Paguei via Pix e, em poucos minutos, o guincho estava a caminho. O que me espanta é que uma seguradora multinacional, com toda a estrutura que tem, não conseguiu localizar um guincho em três dias, enquanto eu, um pequeno corretor, resolvi a situação em questão de minutos.
E então começou outra batalha! Enviei a nota fiscal do guincho à seguradora, acompanhada de uma nota fiscal dos meus honorários. Sim, cobrei pelos meus serviços! Após algumas trocas de e-mails, recebi a resposta de que a seguradora não pagaria pelos meus honorários. Continuei insistindo e, por fim, informaram que iriam pagar em caráter de exceção. Respondi que concordava, afinal, minha atuação também foi uma exceção. Sou corretor, não assistência 24h.
O reembolso demorou alguns dias, mas recebi tanto o valor pago ao guincho quanto os meus honorários. E aqui fica o meu agradecimento ao Sincor, cuja atuação foi fundamental.
Sou corretor de seguros. Recebo comissão pelos seguros que vendo. Não sou assistência 24h e nem trabalho de graça! É fundamental que relatem ao Sincor todas as falhas das seguradoras para que o sindicato possa atuar.
Abraços,
Marcelo Monteiro - Corretor de Seguros
Santos-SP
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