Com a chegada do fim de ano, o comércio eletrônico no Brasil experimenta um crescimento significativo, o que atrai também a atenção de criminosos cibernéticos. Este período, marcado pelo aumento de compras e transações, se torna um campo fértil para fraudes virtuais e gera apreensão nos consumidores. Segundo estudo do E-Commerce Trends 2024, 92% das pessoas já deixaram de comprar online por medo de fraudes. Essa crescente preocupação reflete o impacto das fraudes no comportamento de compra e demonstra a urgência de se proteger contra esses crimes. Por isso, empresas que atuam com soluções de prevenção de fraudes digitais se fazem necessárias. Um exemplo é a Mangopay, que possui um software que analisa fatores de comportamento dos usuários para emitir alertas de fraudes para e-commerces e lojas online.

“Especialmente durante a alta temporada, os comerciantes devem se concentrar mais em melhorar suas operações para suportar grandes picos de tráfego legítimo e garantir que o desempenho não seja afetado”, analisa Thiago Bertacchini, chefe de vendas da empresa.

Pensando neste cenário, o especialista cita quatro dos golpes mais comuns para que tanto as marcas quanto os clientes se atentem no momento de suas compras ou vendas:

Pacotes de viagens

Muitos criminosos aproveitam a alta demanda por viagens e criam falsas ofertas de pacotes promocionais atrativos, geralmente expostos em sites fraudulentos ou enviados por e-mail e redes sociais. Nessa linha, agências de viagem podem implementar ferramentas de monitoramento baseadas em IA para detectar e bloquear sites falsos que imitam sua identidade visual, prevenindo danos à reputação e protegendo seus clientes. Além disso, é importante restringir transações a plataformas de pagamento seguras e confiáveis. Por isso, é essencial verificar a reputação da empresa e o endereço URL do site, além de evitar clicar em links ou anexos suspeitos.

Golpe de biometria

Os golpes relacionados à biometria, como os envolvendo fraudes no reconhecimento facial, impressões digitais ou outras formas de autenticação biométrica, são uma preocupação crescente, tanto para vítimas quanto para empresas. Para as empresas, medidas como autenticação multifatorial (MFA), armazenamento de dados de forma segura, monitoramento e auditoria constante e treinamento dos usuários estão entre as medidas. Já para proteger usuários e companhias, uso de criptografia de ponta-a-ponta e políticas rigorosas de privacidade são medidas que criam um ambiente mais seguro para todos que lidam com dados biométricos.

Presentes e brindes

No período de festas, muitos usuários são atraídos por brindes e presentes oferecidos pelas marcas, que podem acabar sendo falsos ou nem sequer entregues. Os golpistas solicitam informações privadas que comprometem a segurança do cliente, que, posteriormente, descobre tratar-se de uma oferta enganosa. Para evitar cair nesse tipo de golpe, é aconselhável checar se a promoção está detalhada nos canais oficiais da empresa, não fornecer dados pessoais sensíveis e, caso haja dúvidas sobre a veracidade da oferta, entrar em contato diretamente com a marca para confirmar as informações. As empresas podem adotar verificações por meio do DMARC, SPF e DKIM, por exemplo, que são mecanismos de segurança que verificam a autenticidade dos e-mails, por meio de apuração de servidor, conteúdo do e-mail, criptografia de comunicação entre servidores, entrega segura e logotipo de marca em e-mails autenticados, ajudando a evitar que promoções e brindes sejam falsificados.

Múltiplas identidades

Sem interação física, o servidor apenas vê as solicitações e deve decidir se as aprova ou nega, o que pode ser manipulado por meio de conluio. Este comportamento fraudulento faz com que os abusadores individuais recebam múltiplas recompensas ou benefícios, que podem ser facilmente monetizados. Pontos, cupons e créditos possuem valor tangível e podem ser vendidos em mercados especializados, transformando-se em dinheiro imediato para os fraudadores.

Também é importante ter cuidado com bots e acumulação de inventário, uma vez que os fraudadores usam bots para comprar itens de alta demanda em grandes quantidades para criar o “medo de perder”, vendendo-os posteriormente a preços aumentados.

Por fim, Bertacchini ressalta que, embora os usuários necessitem cada vez mais estar alertas aos riscos ao fazer compras online, os comerciantes precisam olhar com atenção e urgência para medidas ágeis e eficazes contra esses crimes. “Durante períodos de alto tráfego, os comerciantes experimentarão um aumento na atividade de fraudadores que têm como alvo seus sites durante todo o ano. Esses fraudadores intensificarão seus esforços para se adaptarem ao aumento do volume de clientes legítimos. Como tal, os comerciantes são aconselhados a atualizar os seus sistemas backend, modelos de prevenção de fraude e bases de dados para proteger as suas receitas e reduzir ao máximo as perdas por fraude”, conclui.

Sobre a Mangopay:

Criada em 2013, a Mangopay capacita plataformas com sua infraestrutura modular de pagamentos. Construída em torno de sua solução de carteira digital programável, a infraestrutura ponta a ponta da Mangopay cobre as necessidades de pagamento das plataformas, desde o pagamento até a prevenção abrangente de fraudes e câmbio, para muitos modelos de negócios e fluxos de trabalho. A empresa tem mais de 250 milhões de usuários finais dos seus serviços e processou mais de 100 bilhões de euros em transações desde a sua criação. A Mangopay foi eleita uma das melhores Fintechs do mundo pela Rede CNBC em julho de 2024 e sua solução de prevenção de fraude ganhou o prêmio Fintech Breakthrough em março de 2024.