28º Congresso Abramge debate desafios e soluções para a Saúde Suplementar
O segundo dia da 28ª edição do Congresso Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), realizado na última sexta-feira (22), reforçou a necessidade de integração entre os setores público e privado para enfrentar os desafios do sistema de saúde suplementar no Brasil. Sob o tema “Protagonismo da Saúde: Integração Público-Privado”, o evento abordou questões cruciais, como a judicialização, os avanços tecnológicos, as mudanças demográficas e a sustentabilidade financeira do setor.
Avanços tecnológicos e impacto financeiro
Os debates destacaram a complexa relação entre a incorporação de novas tecnologias e o impacto financeiro no setor. No painel “Equilíbrio na saúde pública e privada: incorporação de tecnologia versus judicialização”, participaram Pablo Menezes (vice-presidente da Rede D’Or), Ludhmila Hajjar (professora titular da Faculdade de Medicina da USP), Ricardo Couto de Castro (TJ-RJ) e Marcos Novais (diretor-executivo da Abramge).
Ricardo Couto de Castro alertou para os custos crescentes do sistema de saúde. “Como podemos sustentar um sistema pressionado pelo envelhecimento da população e pelo aumento das doenças crônicas, enquanto lidamos com medicamentos que custam milhões de reais?”, questionou. Ludhmila Hajjar enfatizou a importância de decisões baseadas em evidências. “Não é viável recorrer ao Judiciário por medicamentos sem comprovação científica sólida. Precisamos equilibrar inovação e sustentabilidade.”
ANS aponta caminhos para a regulação
Uma roda de conversa com lideranças da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) trouxe uma análise sobre o futuro da regulação no setor. O presidente da ANS, Paulo Rebelo, destacou ações para combater a judicialização excessiva: “Estamos buscando formas de mitigar os impactos da judicialização desnecessária.”
Alexandre Fioranelli, diretor da DIPRO (Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos), propôs a criação de uma agência única para avaliação de tecnologias em saúde: “Estamos discutindo a possibilidade de uma entidade centralizada para decisões técnicas.” Já Maurício Nunes, diretor da DIDES (Diretoria de Desenvolvimento Setorial), apontou a falta de integração de dados como um grande obstáculo: “Precisamos de uma política de Estado que promova conectividade no setor.”
Entre as soluções práticas, Rodrigo Mafra, diretor da Abramge, apresentou um modelo de compra direta de medicamentos que oferece descontos de até 93% em tratamentos oncológicos, ampliando o acesso a terapias de alto custo e otimizando os gastos.
Judicialização: um problema sistêmico
O encerramento do dia foi marcado por um talk show mediado pelo jornalista Márcio Gomes (CNN Brasil), com a participação de Gustavo Ribeiro (presidente da Abramge) e Rodrigo Maia (presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras).
Rodrigo Maia ressaltou a importância da segurança jurídica para o setor privado: “Hoje, os juízes são responsáveis pelo orçamento da saúde. É necessário criar condições para que o setor privado opere sem comprometer sua sustentabilidade.”
Gustavo Ribeiro destacou a complexidade das decisões judiciais na área da saúde: “Um juiz que recebe uma liminar pedindo um medicamento caro para salvar uma criança muitas vezes não dispõe de conhecimento técnico para avaliar a situação. Isso gera decisões que podem ser insustentáveis para o sistema.” Ele também defendeu a criação de uma agência única para decisões sobre tecnologias, enfatizando: “O sistema de saúde é um só. Precisamos de mais união entre as instituições para garantir sua sustentabilidade.”
Com 12 horas de programação intensa, o segundo dia do 28º Congresso Abramge reafirmou a importância do diálogo e da inovação para superar os desafios do setor de saúde suplementar no Brasil.
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