Brasil,

Mês dos Pais: Humanidade X Masculinidade

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Fernanda Dias Ferraz
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Passamos por transformações culturais cada vez mais rápidas, impulsionadas principalmente pela aceleração tecnológica e pela busca por um futuro sustentável — ainda assim, apesar de estarmos na era da inteligência artificial, nossa sociedade ainda investe pouco em relações humanas essenciais, como o cuidado dos filhos e filhas, que é fundamental para a própria existência. Neste cenário, a exclusão dos homens das responsabilidades parentais começa muitas vezes desde o nascimento, onde o papel do pai é frequentemente visto como secundário. Essa cultura é reforçada pela construção social que define a tarefa de cuidar como sendo feminina, enquanto os homens são pressionados a se encaixarem em papéis tradicionais de masculinidade.

Diferentes países estão buscando maneiras de enfrentar esses desafios, promovendo uma maior igualdade nas responsabilidades parentais. A Suécia, por exemplo, foi o primeiro país a instituir a licença parental paga pelo Estado em 1974, permitindo que pais e mães compartilhassem 180 dias de afastamento remunerado. Atualmente, esse benefício foi ampliado para 480 dias, com 390 remunerados a 80% do salário. Embora a política seja considerada uma das mais generosas do mundo e tenha trazido benefícios significativos para a saúde mental e bem-estar dos pais, a maioria dos dias ainda são utilizados pelas mulheres.

Uma sociedade justa e igualitária depende de mães e pais disponíveis, emocionalmente e profissionalmente. Na prática, em tempos de digitalização e automatização, precisamos estar ainda mais conectados com a nossa humanidade e naturalizar o cuidado uns com os outros, partindo do princípio de que todos estamos igualmente preparados para exercê-lo. E para que isso aconteça, são necessários esforços coordenados entre o poder público, as empresas e a sociedade.

A campanha do Boticário para o Dia dos Pais trouxe, pelo segundo ano consecutivo, o debate sobre os 5 dias que eles têm de afastamento, comparados aos 120 dias das mães, levando à reflexão sobre qual mensagem estamos fomentando a partir dessa discrepância. Hoje, após quase 40 anos, estamos caminhando para mudanças nas políticas de licença para pais no Brasil, que podem chegar a até 75 dias com o aumento gradual e o acréscimo do Programa Empresa Cidadã. Nesse sentido, a forma como pensamos e nos organizamos enquanto sociedade nos dias atuais, reflete diretamente no futuro que estamos construindo para as próximas gerações. Movimentos como o Co-Pai, que busca a união de pessoas, empresas e coletivos que defendem a regulamentação da licença-paternidade estendida, remunerada e obrigatória, do qual fazemos parte, exercem toda a diferença para o avanço dessas políticas.

Para seguir rumo a uma transformação efetiva, é importante reconhecer e nos despir dos tabus da heteronormatividade, que impõem características como ser afetuoso e sensível como femininas — quando, na verdade, fazem parte do reconhecimento da humanização e da criação de vínculos, indispensáveis para viver uma vida com mais plenitude e propósito. O ato de cuidar transforma tanto homens quanto mulheres, além de beneficiar a pessoa que é cuidada. Portanto, é fundamental adotar perspectivas culturais que valorizem a importância dessas relações humanas e como elas se refletem nos lares, nos ambientes corporativos e, consequentemente, nas relações de poder.

*Luciana Cattony e Susana Zaman são fundadoras da Maternidade nas Empresas, consultoria especializada em equidade de gênero


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