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Dia da Advogada: ‘é preciso normalizar a presença feminina em posições de liderança’

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Ellen Gonçalves - CEO do PG Advogados Ellen Gonçalves - CEO do PG Advogados

Ellen Gonçalves, advogada e CEO do PG Advogados, analisa cenário jurídico brasileiro e defende o valor social que as líderes mulheres assumem para a equidade de gênero em tantos outros setores da economia nacional

O próximo dia 15 é uma data importante para o cenário jurídico nacional: celebra-se o Dia da Mulher Operadora do Direito, ou como ficou popularmente conhecido: o “Dia da Mulher Advogada”. Estabelecida em 2016, período que foi considerado o “Ano da Mulher Advogada”, a data é holofote da luta pela igualdade de direitos e reconhece as conquistas femininas no campo profissional.

“A data carrega muita representatividade e abre espaço para a reflexão sobre os desafios que ainda precisamos enfrentar e os espaços que merecemos conquistar. É uma oportunidade de trazermos à tona o valor social que as líderes mulheres assumem no setor Jurídico para a equidade de gênero em tantos outros setores da economia nacional”, é o que acredita Ellen Gonçalves, CEO do PG Advogados, e vice-presidente da Comissão Permanente de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional São Paulo.

Mulheres no Jurídico

O Brasil conta com 1.371.411 milhões de advogadas e advogados aptos a exercer sua profissão. Desses, mais de 705 mil são mulheres atuantes. Elas são 44.269 mulheres de até 25 anos; 358.674 de 26 até 40 anos; de 41 a 59 anos esse número é de 245.118 profissionais e, finalmente, 86.462 na faixa dos 60+, de acordo com dados visitados até às 10h de 13 de dezembro de 2023, no site oficial da OAB Nacional.

“Embora sejamos a maioria nos bancos das faculdades de Direito, as mulheres ainda ocupam poucos cargos de liderança. E o impacto social da ausência de representatividade feminina nas posições de comando pode resultar na falta de perspectivas para outras mulheres, além de criar barreiras para a ascensão feminina na carreira jurídica”, analisa Ellen.

E ela tem razão. Dos 37 presidentes que a OAB Nacional já teve, desde a sua fundação, todos são homens. Até o final do ano de 2022, conforme o último relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Judiciário Brasileiro contava com 40 mulheres à frente da gestão de tribunais. As Presidências do STF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também eram ocupadas por mulheres e, dos 27 Tribunais de Justiça, 10 possuíam mulheres na Presidência ou na Vice-Presidência. Dos seis Tribunais Regionais Federais, metade tinha mulheres integrando a Presidência ou a Vice-Presidência.

“Apesar desses números parecerem representativos, as mulheres ainda ocupam menos de 30% dos cargos mais altos, o que demonstra a falta de representatividade feminina em posições de liderança no sistema jurídico. Este é um fato que precisa ser levado em conta”, aponta a advogada.

A vitória das advogadas Patrícia Vanzolini, Marilena Winter e Daniela Borges nas últimas eleições (2022) para a presidência das seccionais da OAB de São Paulo, Paraná e Bahia, respectivamente, contribuiu para provar o movimento de empoderamento feminino em postos de liderança no meio jurídico.

Outro exemplo recente é a aprovação do nome da advogada Daniela Teixeira para ocupar vaga de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no final de outubro. E muito pelo esforço das principais mulheres cotadas a esta vaga, que assinaram um manifesto em defesa da indicação de Daniela que, ligada ao grupo Prerrogativas, era a única mulher da lista sêxtupla elaborada pela OAB. Para se ter ideia, hoje, a Corte possui apenas cinco ministras mulheres, entre os 33 ministros que a compõem.

Para Ellen, ainda é preciso romper estereótipos de gênero, fortalecer o empoderamento feminino na sociedade como um todo e potencializar uma perspectiva diferenciada e mais abrangente sobre a habilidade da mulher profissional na tomada de decisões: “Essa prerrogativa tende a contribuir para a construção de uma sociedade mais diversa e inclusiva. E isso importa muito!”

Quem é Ellen Gonçalves

Casada, mãe de dois filhos e bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie, Ellen Gonçalves é uma das sócias-fundadoras do PG, plataforma de serviços jurídicos de São Paulo. Ela construiu sua carreira advogando para, então, neste ano, dar mais um passo importante e enveredar na gestão jurídica.

Em janeiro, assumiu o cargo de CEO como um caminho natural de sua trajetória profissional, como ela mesma prefere classificar: “Fui desenvolvendo as minhas habilidades técnicas como advogada, mas também sempre foquei em desenvolver as skills necessárias para quando chegasse o momento de abraçar posições executivas, em um processo pessoal natural. Ao mesmo tempo que eu atuava na minha profissão, eu me preparava para assumir este cargo investindo em novos conhecimentos”, contou a executiva.

Tendo como premissa de vida o conceito de lifelong learning, ou seja, investir em conhecimento por toda a vida, a advogada também é mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, e soma cursos em Administração Legal para Advogados, pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV), LLM Direito Empresarial, pelo IBMEC e, finalmente, de Conselheiros de Administração, pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Ellen foi eleita 14 vezes como advogada Mais Admirada de São Paulo pelo ranking da Análise Advocacia 500, considerado um dos maiores e mais abrangentes mapeamentos do mercado jurídico empresarial em todo o Brasil. A última edição foi publicada recentemente, em novembro, quando recebeu o reconhecimento nas categorias Econômico, Eletroeletrônico e Consumidor.

Gestão focada em Pessoas e Tecnologia

Em sua gestão, a empresa especializada em serviços jurídicos que dirige e que, segundo ela, recebe essa classificação porque seu portfólio supera o de um escritório de advocacia tradicional, recebeu importantes títulos do setor. Um dos mais representativos é o “Selo D&I” - Análise Advocacia Diversidade e Inclusão, um mapeamento realizado em todo o território nacional que avalia boas práticas para tornar equipes mais plurais.

O elenco da banca é composto por 74% de mulheres, sendo a maioria também nos cargos de liderança, representando 54%. No que diz respeito à política de remuneração, os parâmetros são estabelecidos por uma matriz de responsabilidade, com critérios objetivos em sua composição e avaliação, independentemente de gênero: “É preciso normalizar a presença feminina em posições de liderança e cargos C-Level”, destaca Ellen Gonçalves.

O PG também se destacou na pesquisa da Leaders League, edição lançada no início de março de 2023, sendo um dos escritórios recomendados na categoria Resolução de Conflitos - Contencioso de Consumidor de Volume, além de ter recebido o certificado de “Escritórios 4.0”, pela Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) aos escritórios que assumem práticas de excelência em gestão de pessoas, eficiência operacional, inovação tecnológica e parceria de negócios.

Ainda neste ano, também conquistou importantes reconhecimentos pelo Ranking Análise 500 Advocacia, figurando entre os escritórios mais admirados do Brasil nas especialidades: Consumidor, Cível, Digital e Trabalhista, e nos setores econômicos de Eletroeletrônicos, Produtos de Consumo e Siderurgia e Mineração. E figurou entre os três finalistas na categoria Tecnologia no prêmio Análise DNA+Fenalaw, dedicado para destacar práticas e iniciativas inovadoras no campo jurídico.

“Há ainda muitos desafios pela frente, mas também já percorremos um longo caminho que colaborou para chegarmos até aqui. Que possamos sempre refletir sobre essas conquistas e fortalecer a nossa crença nesse ideal de igualdade da participação das mulheres nos cenários público e privado da advocacia, e em tantas outras áreas de atuação profissional”, finalizou Ellen Gonçalves.

Espaço de reflexões

A executiva também acredita no papel social e na responsabilidade compartilhada entre empresas públicas e privadas, cedendo espaço para encontros de debates acerca do contexto político nacional e cenário legislativo. O último realizado, em novembro, reuniu especialistas para refletir a importância da regulação da internet no país e a responsabilidade compartilhada entre governo, escola, empresas e cidadãos para garantir segurança digital, proteção de dados e privacidade de crianças e adolescentes.

“Ao mesmo tempo em que exploramos esse novo mundo, é essencial proteger os direitos desse grupo na sociedade, mas como fazer isso em um universo tão amplo e repleto de possibilidades? É preciso compartilhar essa responsabilidade e as empresas também podem assumir esse papel. É o que estamos fazendo por aqui", explicou Ellen Gonçalves.


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