Setor de seguros já pagou R$ 5 bilhões em benefícios no Paraná em 2023

Levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostra que o mercado segurador do Paraná, de janeiro a agosto desse ano, arrecadou R$ 16,7 bilhões e pagou R$ 4.9 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios. Os setores que mais pagaram no acumulado foram: “Danos e Responsabilidade”, com pagamento de R$ 2.8 bilhões, “Cobertura de Pessoas”, com cerca de R$ 1.1 bilhão e, por fim, “Capitalização” que desembolsou R$ 1.1 bilhão aos segurados.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, e o diretor de Relações Institucionais, Esteves Colnago, ao lado de Altevir Prado, presidente do Sindicato das Seguradoras do Paraná e Rio Grande do Sul (Sindseg PR/RS), se reuniram pela manhã com o vice-governador do estado, Darci Piana, e o secretário de Fazenda do Estado, Renê Garcia Junior, para apresentar os bons números do setor e entregar um documento formulado pela Confederação de 10 propostas para uma parceria do setor segurador com os Estados.

“O setor de seguros do Paraná é uma potência e nós estamos trabalhando para que cada as empresas do setor possam expandir e, assim, gerar mais oportunidades para a economia do estado”, ressalta o presidente da CNseg.

Observando o comportamento dos consumidores de seguros, Oliveira também destaca que acontecimentos recentes que afetaram a população, como a pandemia, trazem para as pessoas a necessidade de garantir mais segurança. “Com a COVID-19, o setor notou um interesse maior na adesão de produtos com foco em vida e saúde. Por isso, acredito que outros ramos do setor também devam crescer com o aumento de outros eventos, como no caso dos ataques cibernéticos e das mudanças meteorológicas extremas”, vislumbra.

Parceria entre setor segurador e Estados

Entre as propostas apresentadas ao governo do Paraná está a do Seguro Catástrofe, em que Dyogo explicou a relevância deste projeto já apresentado ao Ministério do Desenvolvimento Social que funcionará como um seguro emergencial em auxílio às ações de Defesa Civil em emergências climáticas.

Com investimento entre R$ 2 e R$ 3 reais mensais, a serem pagos por meio da conta de energia elétrica, após decreto de calamidade pública, os segurados teriam direito a indenizações que variam de R$ 15 em caso de danos materiais, além de R$ 5 mil em caso de falecimento do titular. Pela proposta a contratação seria feita por todas as residências do país.

“As pessoas afetadas pelas chuvas, por exemplo, têm pressa. Por isso, as indenizações que podem garantir recursos primários, como roupas, fogão e colchão, seriam pagas via PIX, direto na conta do segurado. Esta é a maneira que o setor encontrou para atingir todas as camadas sociais afetadas por enxurradas e deslizamentos, decorrentes de temporais”, reforça o presidente da CNseg.

Dyogo também destacou medidas para aumentar a baixa penetração do seguro rural no Estado. Hoje apenas 10% da colheita do país conta com este produto. Embora o Paraná seja o estado que mais arrecadou recursos para o seguro rural este ano, ainda há espaço enorme para crescer e ampliar a proteção do agricultor rural. Por isso, a CNseg tem trabalhado para aumentar a subvenção do governo para o produtor rural.

Encontro com lideranças do mercado segurador

A comitiva da CNseg também se reuniu pela primeira vez com executivos das seguradoras e do Sindicato dos Corretores e Instituto Superior de Seguros do Brasil para discutir a pauta do setor e as propostas que estão sendo apresentadas aos Estados e ao Governo Federal.

“Esse encontro aproxima a Confederação do mercado do Paraná e proporciona uma sintonia entre corretores e seguradores. Esses atores contribuem para o crescimento, desenvolvimento e aprimoramento do mercado com objetivo de oferecer produtos e serviços relacionados aos seguros com melhor qualidade à sociedade paranaense”, disse Altevir Prado.