Brasil,

Corretor, banco, lojas, na empresa, na cooperativa, na SPOC? Onde compro o meu seguro?

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Sonho Seguro | Por Denise Bueno
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Responder a esta questão é impossível diante da personalização do seguro e da proliferação da oferta, que chega por todos os lados enviada por diversos profissionais de vendas: corretor, gerente, assessor financeiro, vendedor de loja e robôs de plataformas diversas para citar os mais comuns meios utilizados para levar o seguro até o consumidor.

Antes de escrever esta matéria fiz uma simples simulação pelo celular do seguro residencial, a bola da vez por ser muito rentável para as seguradoras e ter um grande potencial de vendas, uma vez que menos de 20% da população do país compra este produto para proteger o imóvel e seu conteúdo de incêndio, raio, quebra de vidros, danos a terceiros e roubo, para citar algumas da cobertura.

Optei pela praticidade. Como cliente do Itaú, que tem a Porto como sócia, a minha simulação, em bases iguais de coberturas e valores, custaria R$ 1,1 mil para a indenização máxima de R$ 530 mil ao conteúdo em caso de incêndio do meu apartamento. Direto na Porto, que inclui automaticamente o meu corretor do carro, R$ 460 por ano. Ou seja, metade do valor do “investimento” ofertado pelo banco para a compra via aplicativo. Uma experiência fantástica. Rápida. Em um minuto tive as duas coberturas. Em ambas, criei a minha proposta para ter bases iguais. Uma simples pesquisa me fez economizar metade do valor.

Dito isso, vamos às notícias sobre a infraestrutura que o setor tem construído para saltar dos 6,4% de penetração do PIB no Brasil para 10% até 2030. As seguradoras e corretoras instaladas no Brasil investem bilhões para conquistar os consumidores e blindá-los dos estrangeiros que consultam especialistas brasileiros para saber como atuar no país do futuro e quando chegará este momento de verdadeiro crescimento em seguros, que depende muito das condições sociais e econômicas.

A CNseg faz a sua parte desenhando a estratégia geral do setor e a Susep (Superintendência de Seguros Privados) avança na regulamentação. No meio deste cenário, os prestadores de serviços de tecnologia, principalmente, se debruçam para reduzir custos, potencializar a abrangência das ofertas e tornar a experiência do cliente melhor.

Apesar de todos colocarem o cliente no centro, há interesses de todos os lados. Afinal, ninguém levanta da cama todo dia para ser voluntário na expansão de seguros no Brasil. Bom lembrar que o lucro é o que move qualquer pessoa ou empresa. Quanto maior, melhor. Tal ambição tem como fator determinante o quanto o consumidor está disposto a pagar pelo produto ou serviço.

O cliente decide o que cabe no orçamento, o que vai para a coluna gasto e o que vai para a coluna investimento. Vou gastar R$ 400 com um seguro de vida de R$ 500 mil? Melhor pagar a academia e ir todos os dias praticar saúde. Vou pagar R$ 25 por mês para um seguro funeral ou pago a Netflix para me divertir com filmes e documentários? Por isso, quanto mais foco no cliente, maior a chance de vencer a concorrência pelo salário do consumidor.

A noticia desta semana é que a B3, a bolsa do Brasil, assinou contrato para ser a fornecedora de infraestrutura tecnológica para a primeira Sociedade Processadora de Ordem do Cliente (SPOC) do mercado de seguros. As SPOCs são empresas credenciadas pela Susep para realizar atividades de processamento de pedidos dos clientes, dentre outros serviços.

Devem entrar em completo funcionamento na conclusão da Fase 3 do Open Insurance, também conhecida como “Efetivação de Serviços”, com obrigatoriedade prevista para maio de 2024. Mas não são obrigatórias, informa a Susep. “Não é obrigatória. Os serviços de iniciação de movimentação também podem ser prestados por sociedades supervisionadas, como seguradoras e corretoras”.

Trata-se da Guru SPOC, empresa recém-criada que tem como sócio Cassio Gama Amaral, sócio do escritório de advocacia Machado Meyer Advogados, e sócio-fundador da Guru Spoc, e Antonio Cássio dos Santos, conselheiro do IRB e da corretora de seguros Wiz, entre seus vários negócios no mundo dos seguros.

Amaral explica em nota que a Guru Spoc “oferecerá uma plataforma digital one-stop-shop de intermediação e gestão aos corretores e intermediários parceiros (B2B2C), despontando como um hub de oportunidades para que seus clientes possam usufruir, em tempo real, das vantagens e benefícios propiciados pelo Open Insurance, contribuindo para maior penetração e pulverização do mercado de seguros no país, de maneira eficiente e transparente, em linha com os valores e objetivos do próprio Open Insurance”.

Na semana passada, a SPOC também foi notícia. Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, afirmou que a confederação das seguradoras tem feito estudos junto à Susep para ver de onde virá o ganho. “Até agora só vejo custos. Além dos tradicionais, as seguradoras têm mais custos com Open Insurance e agora da Spoc.”, disse durante painel no evento promovido pela Fenaprevi.

Segundo ele, uma pesquisa feita com um grupo de seguradoras revelou que as empresas estão investindo cerca de R$ 10 milhões por ano para se adequarem as novas normas. Falamos de R$ 600 milhões em investimentos por ano só para o Opin. As empresas estão cumprindo a legislação, mesmo sem estar claro sobre quais serão os benéficos do open insurance. Ao contrário do open banking, que já tem claro os benefícios”, citou.

Os entrevistados citam que a SPOC funcionará como um agregador ou comparador de diferentes serviços para que o consumidor possa aproveitar as vantagens do Open Insurance. Por meio dela, por exemplo, que o cliente poderá fazer uma comunicação de sinistro ou contratação de determinada ou portabilidade de apólice, assim como pode fazer o corretor ou a seguradora.

Eu, como consumidora e jornalista especializada no assunto, desejo, de verdade, que o consumidor esteja no foco das empresas seja elas quais forem. É preciso caber no bolso o seguro de casa, de carro, de saúde, de vida, de celular, do computador, de responsabilidade civil, de viagem, funeral, contra hacker, roubo de cartões, pix e tudo mais.

Nada contra o lucro de todos que compõem o ecossistema do setor, como gostam de dizer. Somente a favor da máxima que quanto mais gente consumir seguro, mais todos ganham. Inclusive e governo, que tem falhado na saúde, na segurança, na infraestrutura, o que resulta num ônus terrível para a população brasileira, pagante ou não impostos, que perde seus bens pelos assaltos, enchentes e morte daqueles que não conseguem atendimento médico.

Insisto nisso. É preciso ter foco na oferta de qualidade ao cliente final e não apenas baseada em preço, como tem sido no Open Banking, uma vez que os produtos sao similares (valor do empréstimo e taxa de juros, por ex). Em seguros muitas vezes o menor preço significa menor cobertura. Importante que todos saibam antes o que estão contratando e não na hora que precisam usar.

Esse cenário de transparência do produto ofertado atrelado a educação financeira é o que fará o seguro crescer. O preço é importante, mas a experiência do usuário tem se mostrado mais decisiva para a compra de seguro. Um setor que frustra o cliente, derrapa. Já o que surpreende, avança. Vamos ver como isso se comportará em 2024. Pessoalmente, acredito que há espaço para tudo neste mercado de seguros que tem ainda muito a avançar.

Como costuma dizer Alessandro Octaviano, titular da Susep, “se começa a vir um amontoado de negativas em seguros, na verdade o que está sendo vendido não é um seguro adequado, é um pastel de vento”.

Por isso, #ficaadica: pesquise, consulte o corretor, avalie as ofertas do Open Finance. Cuide dos seus seguros como cuida dos seus investimentos.


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