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Como não fechar as portas diante da crise do novo coronavírus?

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Adriane Galdino
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Como não fechar as portas diante da crise do novo coronavírus?

Erika Linhares, pedagoga e gestora de carreiras especialista em comportamento dentro de organizações, fala sobre como empresários podem agir para sobreviver a essa crise

O novo coronavírus, que já causou mais de 40 mil mortes no mundo e está parando a economia de diversos países, também está afetando os empresários e seus negócios. Ao menos 18 estados estão com os comércios, bares e restaurantes fechados como medida para diminuir a circulação de pessoas e conter a disseminação do vírus. Afinal, é possível sobreviver a essa crise? Como empresários devem enfrentar essa situação sem fechar as portas?

Erika Linhares, gestora de carreiras especialista em comportamento dentro de organizações e pedagoga, dá 7 dicas de como agir como empresário em meio a essa crise que tem prejudicado diversos setores da economia. Como agir e reagir?

1. Reveja seus custos. Sempre dá para gastar menos. Cuidado com os desperdícios. Renegocie os custos fixos de todo mês e prazos de pagamento, como o aluguel, por exemplo. Clientes pessoas físicas ou micro e pequenas empresas dos cinco maiores bancos do país podem pedir prorrogação, por até 60 dias, dos vencimentos de dívidas, por exemplo. Estude a possibilidade de obter créditos. Fique de olho nas notícias e decretos divulgados pelo governo para tomar decisões.

2. Decida o que fazer com funcionários. Opte por colocar seus colaboradores em férias ou para trabalhar em home office para que pratiquem o isolamento social e fiquem protegidos. Um estudo da consultoria Betania Tanure Associados, realizado em março deste ano com 369 empresas, indica que pelo menos 60% das empresas adotou o home office no dia a dia de trabalho.

3. Potencialize a venda online ou delivery. Com o isolamento social, as pessoas estão consumindo cada vez mais de suas casas. Segundo uma pesquisa realizada pelo Opinion Box e divulgada nesta semana, o delivery teve um crescimento de 4% em relação a novos usuários. Além disso, cresceu 14% o número de pessoas que têm feito compras de supermercado pela internet. Caso a empresa não possua serviço de delivery e um site de vendas, é preciso estudar e pensar nessas estratégias para sobreviver a esse momento de crise.

4. Reorganize o orçamento. Coloque o dinheiro onde o cliente vê e tire de onde ele não vê. Inove. Veja o quanto pode melhorar aquele produto e fazer com que ele seja de melhor utilidade para que as pessoas queiram adquiri-lo.

5. Reveja compras futuras. A Bovespa teve em março o pior mês dos últimos 20 anos. No acumulado de março, a bolsa registrou o pior desempenho mensal desde agosto de 1998. Diante dessas e de outras notícias, é fato que este não é o melhor momento para se envolver em compras e prestações futuras. Reveja compras e tente cancelá-las ou adiá-las para o futuro. O momento de insegurança exige cautela.

6. Prepare o plano estratégico para o retorno. Em vez de se distrair, prepare o retorno estratégico para recomeçar o negócio fortalecido. Em um plano, é preciso saber inovar e pensar diferente. Tenha líderes e funcionários capacitados para o retorno.

7. Treine colaboradores. Este é o último item, mas o mais importante de todos. A pergunta mais importante a ser feita é: QUEM vai te tirar da crise? É preciso investir em quem irá ajudar o gestor a sair dessa: os colaboradores. Quando a crise passar, eles vão precisar voltar com força total. Para isso, eles precisam estar com a cabeça aberta e livre para ter ideias, além de serem criativos. É fundamental investir em treinamento de equipe. Primeiro, dê confiança. Depois, cobre resultado. Eduque a equipe. O líder precisa saber fazer gerenciamento de crise e os colaboradores precisam agarrar esse momento e darem o melhor de si mesmos.

Sobre Erika Linhares: Executiva especializada em comportamento e cultura dentro de organizações, chegou a ser sacoleira aos 15 anos quando o pai, dono de uma imobiliária, perdeu tudo na década de 90. Trabalhou ainda na área pública na Prefeitura de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Depois de entrar na faculdade de pedagogia, começou a carreira no sistema privado aos 19 anos, ganhando R$ 350 reais como atendente de loja. Vinte anos depois, deixou o mercado corporativo como diretora nacional de uma das maiores empresas do Brasil para atuar como gestora de carreiras em sua empresa, a B-Have. Mais de 15 mil pessoas e 600 parceiros comerciais passaram pela gestão da executiva.

Sobre a B-Have: A B-Have acreditas que os ambientes de trabalho foram, ao longo dos anos, contaminados por comportamentos como vaidade e vitimismo, que fizeram com que as pessoas, em todos os níveis hierárquicos, se sentissem infelizes e improdutivas. É fato que problemas existem e sempre vão existir, mas a B-Have acredita também que esses comportamentos podem ser modificados a partir de hábitos que, se praticados com o devido empenho, podem transformar a vida e as relações entre as pessoas no ambiente de trabalho. O resultado disso são pessoas mais prósperas e empresas mais lucrativas. Saiba mais: http://erikalinhares.com/


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