Doenças reumáticas e o Coronavírus
Médica reumatologista, Cláudia Goldenstein Schainberg, esclarece as principais dúvidas aos paciente
Os sintomas mais comuns são de leves a moderados, que incluem febre, fadiga, tosse seca e coriza, além de casos como dores no corpo, congestão nasal, dor de garganta e diarreia. A grande maioria, cerca de 80% das pessoas se recuperam da doença sem tratamento especial.
O grupo de risco está em pacientes acima dos 60 anos, com outars doenças crônicas como diabetes, bronquites,doenças cardíacas e pulmonares, ou em tratamento de câncer, por exemplo.
Segundo a médica Cláudia Goldenstein Schainberg, é possível que pacientes imunossuprimidos tenham a infecção de maneira mais grave. “Os pacientes reumáticos que usam imunossupressores ou imunobiológicos podem obter maior risco de contrair a doença. Por isso, é necessário que eles se mantenham em casa, distante do contato com aglomerações, lavando as mãos frequentemente e higienizando objetos”, explica a médica.
Segundo a médica, a recomendação é de que pacientes com doenças reumáticas em atividade, como o lúpus, mantenham-se em quarentena. “Caso sintam sintomas semelhantes ao novo coronavírus, como a febre alta e a falta de ar, busquem o médico para avaliação e tratamento”, ressalta.
Uma dúvida frequente dos pacientes é sobre o agravamento da doença reumática se contrair o coronavírus. A profissional explica. “Não existe ainda evidências sobre esse assunto, pois o vírus ainda é muito novo e de curta duração. A comunidade médica está trabalhando arduamente neste sentido, mas tudo ainda é muito recente para conclusões”, ressalta.
Mais uma dúvida dos pacientes é sobre os resultados positivos da cloroquina, agente indicado em muitas doenças reumáticas, anunciado nos últimos dias. “É importante deixar claro que, até o momento, não existem evidências suficientes, que indiquem o uso do medicamento em casos de infecção pelo coronavírus.
A ciência está descobrindo maneiras de combate, mas é importante não se automedicar e buscar auxílio médico com as recomendações de tratamento indicadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e do médico que acompanha o caso”, finaliza Cláudia GoldensteinSchainberg.
Sobre Cláudia Goldenstein Schainberg
Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg é especialista em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1985), mestrado em Medicina (Reumatologia) pela Universidade de São Paulo (1993) e doutorado em Medicina (Reumatologia) pela Universidade de São Paulo (1997).
Fez Fellowship no New England Medical Center e Boston Floating Hospital, Tufts University em Boston, EUA e na Toronto University, Toronto, Canadá (1988).
Atualmente exerce atividades de assistência, ensino e pesquisa na Faculdade de Medicina da USP, onde chefia o Laboratório de Imunologia Celular do LIM-17 e o Ambulatório de Artrites da Infância.
É médica assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, atuando nos Ambulatórios de Osteoartrite (artrose), Gota e Espondiloartrites.
Também faz parte do corpo clínico dos hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês e Alemão Oswaldo Cruz.
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